5 de Fevereiro
Não te indignes. (Sl 37.1.)
Não nos indignemos por coisa alguma. Se já houve razão para
alguém ficar indignado, foram as razões apresentadas nesse salmo. Os
malfeitores andavam livremente para lá e para cá, vestidos de linho fino e
púrpura e vivendo suntuosamente todos os dias. Os "Obreiros de
iniqüidade" eram elevados aos mais altos postos de poder e tiranizavam
seus irmãos menos favorecidos. Os pecadores andavam com arrogância
pela terra vivendo na soberba da vida e aquecendo-se à luz e ao conforto
de grande prosperidade. Diante disso, os justos ficavam indignados e
inflamados.
"Não te indignes." Não fiquemos indevidamente inflamados.
Conservemos a mansidão! Mesmo numa causa nobre a indignação não é
uma companheira sábia. A indignação apenas esquenta a máquina, mas
não gera força. Não é bom, num trem, que os eixos se aqueçam; seu
calor é antes um estorvo. Se eles se esquentam, é por causa de uma
fricção desnecessária provocada pelo atrito de superfícies ásperas, que
poderiam estar devidamente ajustadas e lubrificadas com uma suave
camada de óleo.
Portanto, não seria a indignação um sinal de falta do óleo da graça
de Deus?
Ela provém de algum grãozinho que penetra nas engrenagens —
um pequeno desapontamento, uma ingratidão, uma pequena falta de
cortesia — e impede que a máquina da nossa vida funcione com
harmonia perfeita. A fricção produz calor; e com o calor criam-se as mais
perigosas condições.
Não podemos permitir que nossas máquinas se aqueçam. Deixemos
que o óleo do Senhor conserve branda a nossa temperatura; não
aconteça que, em razão de um calor que não é santo, venhamos a ser
contados entre os malfeitores. — The Silver Lining
Nenhum comentário:
Postar um comentário