15 de Junho
Deus me fez próspero na terra da minha aflição. (Gn 41.52.)
Caem as chuvas de verão. Da janela o poeta contempla a chuva.
E as gotas caem, fustigando a terra. Mas o poeta vê, em suas
imaginações, mais do que a chuva que cai ante os seus olhos. Ele vê os
milhares de flores que em breve irão desabrochar, colorindo a terra e
enchendo-a de perfume. E canta, em seus versos, que para ele não são
gotas de chuva, que caem, mas miríades de flores e frutos!
Quem sabe se algum filho de Deus que está sendo açoitado
agora, está dizendo em seu coração: "Ó Deus, está chovendo forte sobre
mim esta noite.
"Estão chovendo sobre mim provas que parecem ir além da minha
capacidade de suportar. A chuva do desapontamento é forte, destruindo
todos os meus planos. O luto está caindo sobre a minha vida, fazendo
meu coração temer e estremecer de tanto sofrimento. Sim, uma chuva de
aflição está caindo sobre mim nestes dias..."
Entretanto, amigo, não é bem assim. O que há em sua vida não
são chuvas de aflições e, sim, de bênçãos. Basta crermos na Palavra do
Pai, e da chuva que nos açoita irão brotar flores espirituais de grande
fragrância e beleza, que nunca havíamos conhecido, antes de passar
pela tempestade ou pela disciplina de Deus.
Sempre vemos a chuva. Mas será que vemos também as flores?
Nós sentimos a dor das provações, mas Deus vê a flor da fé que
desabrocha na vida.
Nós nos retraímos ante o sofrimento. Deus, entretanto, vê a terna
compaixão por outros sofredores, que está nascendo em nossa alma.
Sentimos o coração estremecer sob a dolorosa separação. Mas
Deus considera o enriquecimento que a dor nos trouxe.
Não é aflição o que recai sobre o crente, mas brandura,
compaixão, amor, paciência e mil outras flores e frutos, provenientes do
Espírito de Deus, os quais estão trazendo à sua vida um enriquecimento
que jamais a prosperidade e o conforto seriam capazes de proporcionarlhe
— J. M. McC.
Nenhum comentário:
Postar um comentário