quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Aquietai-vos, e sabei que eu sou Deus

24 de Novembro
Aquietai-vos, e sabei que eu sou Deus. (Sl 46.10.)
Haverá em todo o coral uma só nota musical tão poderosa como o
é a ênfase da pausa? Já percebeu como nos Salmos é eloqüente a
palavra Selah (pausa)? Haverá silêncio mais palpitante do que a quietude
que precede a tempestade, e a estranha calma que parece cair sobre a
natureza antes de alguma convulsão ou fenômeno? Haverá alguma coisa
capaz de nos tocar o coração como o poder da tranqüilidade?
Aquele que pára de operar com as suas próprias mãos, encontra
"a paz de Deus, que excede todo o entendimento"; há um "sossego e
confiança" que é fonte de toda a força; uma doce paz que nada pode
abalar; um profundo descanso que o mundo não pode dar nem tampouco
tirar. Há no mais profundo da alma uma recâmara de paz onde Deus
habita; e se entrarmos ali e afastarmos todos os outros sons, poderemos
ouvir a Sua voz mansa e delicada.
Quando uma roda gira bem velozmente em torno do próprio eixo,
há um lugar, bem no centro, onde não há movimento; assim, na vida mais
ocupada pode haver um lugar onde ficamos a sós com Deus em
constante quietude. Só há uma maneira de se conhecer a Deus:
"Aquietai-vos, e sabei". "O Senhor está no seu santo templo; cale-se
diante dele toda a terra." — Selecionado
"Amoroso Pai, nós andamos algumas vezes sob céus sem
estrelas, que derramavam escuridão como chuva. Ansiávamos por
estrelas, ou lua, ou aurora. Mas a escuridão espessa pousava sobre nós
como se fosse durar para sempre. E daquelas trevas, nenhuma voz de
calma vinha confortar o nosso coração. Teríamos saudado alegremente
até o soar de um trovão que nos quebrasse o silêncio torturante daquela
noite densa.
"Mas o amoroso segredar do Teu amor eterno falou mais doce à
nossa alma esmagada e sangrando, que a música dos ventos numa
harpa eólica. Foi a Tua "voz mansa e delicada' que nos falou. Estávamos
escutando, e ouvimos. Olhamos e vimos a Tua face radiante de luz e
amor. E quando ouvimos a Tua voz e vimos o Teu rosto, voltou-nos nova
vida, como volta a vida às flores pendidas que bebem a chuva de verão.

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