quinta-feira, 31 de março de 2011

HISTORIA DA VIDA DE JOSE GOMES DOS SANTOS DA GUERRA 1945

MADRINHA DE GUERRA

Não foi ninguém das Organizações Não Governamentais, tampouco da Defesa dos Direitos Humanos, também ainda não havia os Sem Terra, mas alguém descobriu que os expedicionários eram Sem Madrinha e criaram no Brasil a Madrinha de Guerra.

Mulheres jovens escolhiam na relação o nome de algum soldado que se encontrava na Itália e escrevia para ele confortando-o.

Ele tinha três Madrinhas de Guerra, duas do Rio e uma em Recife.

Chegando ao Rio, continuou no Exército e ficou aquartelado na Vila Militar, porém alugou um quarto numa pensão na Travessa do Ouvidor, 11, comprou três trajes civis e nas suas horas de folga, nada de farda.

Foi logo visitar a sua primeira Madrinha de Guerra em Copacabana. Subiu no elevador, tocou a campanhinha e uma jovem alta e bonita lhe abriu a porta. Ele disse quem era e ela disse: “A sua Madrinha sou eu”. O convidou para entrar, apresentou a sua mãe, conversaram sobre a guerra e ela pediu para ele ir almoçar no domingo. No dia ele estava todo formalizado para o almoço e ela lhe apresentou o noivo, um tenente recém saído da Escola Militar. Fora ele quem lhe dera a idéia de adotar um expedicionário.

Ele ainda a visitou algumas vezes, porém depois cortou o elo que o unia a sua Madrinha de Guerra.

Visitou também a sua segunda madrinha de Guerra. Era uma jovem senhora casada com um civil. Esteve lá duas vezes, porém logo cortou o segundo elo.

A terceira Madrinha ele conheceu muitos meses depois em Olinda. Era solteira, livre e desimpedida e mostrou interesses em namorar com ele. Não era o seu tipo, visitou-a várias vezes como amigo e desfez o terceiro laço.

No Rio começou a encontrar expedicionários que não se ajustaram à vida civil, deixaram o exército, gastaram todo o dinheiro que trouxeram e foram abandonados pelo governo.

quarta-feira, 30 de março de 2011

HISTORIA DA VIDA DE JOSE GOMES DOS SANTOS DA GUERRA 1945

A VOLTA

Ele deixou Francolise e na Itália, em 19.09.45, chegando no Brasil no dia 03.10.45. O seu escalão foi o último, com 2.742 militares, transportados no navio americano James Parker.

No navio só se comia duas vezes, formava a fila da manhã e quando terminava, com pouco tempo era a fila da tarde. O banho era com água do mar, bombeada para o navio e se usava um sabonete especial.

Chegando ao Rio, os expedicionários que estavam ansiosos para rever os seus familiares, correram todos para o lado do porto, enquanto o comandante gritava pelos autos falantes, que se distribuíssem pelos dois lados, porque o navio podia virar.

O cais estava repleto dos familiares dos expedicionários do Rio e cidades vizinhas, todos ansiosos para se abraçarem.

Ele não tinha ninguém a esperá-lo, ficou mesmo a ver navios, porém se lembrou das suas três madrinhas de guerra.

terça-feira, 29 de março de 2011

HISTORIA DA VIDA DE JOSE GOMES DOS SANTOS


A GUERRA DE FRANCOLISE

Francolise ficava a cerca de 50 quilômetros de Nápoles, onde ele devia embarcar.

Era uma região campestre, desoladora, parecia mais um campo de concentração. Os saldados que ainda não estavam refeitos dos horrores a guerra, que precisavam se prevenir da neuroses, ficavam longe do convívio social e humano, confinados num viveiro de homens, esperando por um regresso, que não se sabia quando. Era muito pior do que a guerra.

Estávamos no verão e a temperatura permanentemente acima de 40 graus centígrados. A poeira fina que circulava no acampamento entrando pulmões adentro, aumentava a sensação de desconforto e angústia, agravados pela carência d'água nas instalações.

Parecia até, que em Francolise já se articulava uma trama furtiva para esmorecer a tropa que combatendo pela democracia, ia encontrar no Brasil um governo ditatorial. Mas finalmente chegou o dia da VOLTA.

segunda-feira, 28 de março de 2011

HISTORIA DA VIDA DE JOSE GOMES DOS SANTOS


A GUERRA DA FILA

Quando entardecia no acampamento, aparecia aquela italiana jovem, acompanhada por um homem. Conversava com alguns soldados que estavam fora da cerca, depois se dirigiam para uma casa nas imediações.

Quando anoitecia alguns soldados começavam a se dirigir em direção aquela casa. Estava formada a fila.

Era o amor a varejo, ou “A cesta básica do amor”.

O cafetão ficava na porta, cobrando o ingresso, como no cinema, onde você paga sem saber se o filme é bom.

O soldado pagava, entrava e a mulher estava lá dentro, deitada na cama, ou no colchão no chão, nua coberta com um lençol. Junto um balde com água e uma toalha. O soldado escolhia a sua opção. Ele fazia, ou ela fazia. Em seguida ele saia e ela se limpava com a toalha molhada e entrava outro, até o último, as vezes uma dúzia.

No final da sessão ela ia embora com o cafetão, cheia, também, de dinheiro.

Esta fila foi a precursora da fila do Serviço de Saúde da Previdência, sendo que lá era uma dúzia e a da Previdência são de milhares.

Isto acontecia enquanto os expedicionários estavam aguardando embarque para a sua volta ao Brasil, no acampamento de Francolise.

sábado, 26 de março de 2011

HISTORIA DA VIDA DE JOSE GOMES DOS SANTOS

LUCCA

Lucca era uma cidade cercada de muros. A largura desses muros eram verdadeiras avenidas arborizadas. Era a cidade das bicicletas. Se dizia que havia uma bicicleta por habitante.

Lá ele conheceu Del Papa Linda, a mãe, que tinha o dobro da sua idade e Del Papa Maria, a filha um pouco mais jovem que ele.

Começou a dar presente “scatolettas” a mãe e fazer refeições em na casa e ela logo tornou-se sua amante. Dizia que tinha família em São Paulo e ele até escreveu para a família dela, porém a censura não deixou a carta seguir. Ela também dizia que o marido estava lutando na África.

Com Linda ele até pesou em se tornar monogâmico na Itália. Toda semana lhe levava o que conseguia comprar na cantina. Mas poucos dias depois Maria também ficou sua amante e lá se foi a sua tentativa de monogamia. Interessante é que a filha pedia por tudo que ele nunca deixasse a sua mãe saber que ela também era sua amante. Já naquele tempo ela se preocupava com “concorrência desleal”.

Então ele deixou de visitar outras cidades. Era sempre Lucca. Quando queria a filha, mandava a mãe fazer compras. Quando era com a mãe, estava tudo em casa. E assim continuava a sua Guerra do Amor.

Porém os que ficavam no acampamento, e era a grande maioria e que não participavam da Guerra da Tocha, nem da Guerra do Amor, havia a Guerra da Fila.

sexta-feira, 25 de março de 2011

HISTORIA DA VIDA DE JOSE GOMES DOS SANTOS

A GUERRA DO AMOR

Chegando nas cidades, era invariavelmente abordado por homens com retrato de mulheres e vinha a pergunta: “Vollere fik fik, belle ragazza, 500 Lyras. Aceitei o convite e acompanhei o homem até uma casa, onde encontrei um casal de meia idade e uma jovem. O cafetão apontou para a jovem e disse que o casal era os pais dela. Fiquei petrificado, mas segui adiante. Conversei sobre as dificuldades da guerra e fui para o quarto com a jovem. Lá ela só tirou a calcinha, dizendo que tinha medo da “policía”. Também me pediu para dar as 500 Lyras, porém dizer ao pai que só havia dado 300.

Terminada a função, saí, disse ao pai o que ela pediu e fui embora.

Mas havia outras mulheres que ele conheceu, que eram como as de hoje: tiravam a roupa.

As romanas que ele conheceu, eram um caso a parte... Cobravam de seis a oito vezes mais que as outras, mas faziam questão de não parecerem prostitutas. Queriam ir para uma danceteria, dançar, comer e depois dormir com o cliente no seu colchão de plumas, se mostrando muito carinhosas.

Ele conheceu também pessoas e até casais, onde se havia o interesse sexual, era discreto – como diz Ney Matogrosso: “por baixo do pano”.

Esse pessoal o convidava para almoçar, ou jantar o macarrão feito em casa e é claro, esperavam presentes.

Foi assim que conheceu em Lucca, Del Papa Linda.

quinta-feira, 24 de março de 2011

HISTORIA DA VIDA DE JOSE GOMES DOS SANTOS

Segundo capitulo


A GUERRA DA TOCHA

Terminada a guerra, os soldados da 1ª D.I.E. ansiavam para conhecerem as cidades italianas, e surgiu a prática denominada “tocha”, que consistia na ausência do expedicionário por alguns dias, da sua Companhia, prática esta, tolerada por seus superiores.

A “tocha” era uma aventura que somente foi empreendida por uma minoria de graduados, e os mais ousados.

O tocheiro comprava o que podia na cantina americana, colocava no bornal e ia para a estrada pedir carona com o dedo às viaturas militares americanas, inglesas e até brasileiras, e assim conseguia conhecer várias cidades da Itália.

Havia também as licenças oficiais, beneficiando os expedicionários.

Ele também fez suas “tochas”. Comprava na cantina tudo o que podia: cigarros, um pacote por semana e recebia um março por dia (porém não fumava), chocolates, peças pequenas de vestuário e até camisinhas. Colocava na bolsa e saia pela Itália.

Assim conheceu: Pisa, Veneza, Pistoia, Gênova, Milão, Roma, Monte Carlo e Nice, e até a pequena Lucca.

Munido de “scatoletta” e “cigarretes”, “per cambiare per altri robi”, que as italianas tanto desejavam, partia para “a guerra do amor”.

quarta-feira, 23 de março de 2011

HISTORIA DA VIDA DE JOSE GOMES DOS SANTOS




HISTORIA DA VIDA DE JOSE GOMES DOS SANTOS



Dia 18 de março foi o aniversario de papai o juiz , professor e ex-combatente hoje aposentado José Gomes dos Santos , hoje uma pessoa com 88 anos, nascido em Recife, e para minha surpresa descobri que também poético, escritor. Escritor das coisas da vida , da guerra na Itália, do vestibular de medicina que não pode cursar, porque não tinha condições , mais com muito esforço fez a Faculdade de Direito em João Pessoa já casado , e conseguiu se formar em Direito ,foi promotor e depois juiz. Escritor dos amores que viveu, dos que não pode viver , dos sonhos, das paixões pelas alunas , dos envolvimentos com mulheres mais novas que o faziam sentir novo cheio de vigor. E só agora aos 88 anos, minhas irmães encontraram poesias que ele como” Josan Gomes “escrevia para o Jornal Correio, fez uma encadernação , e muito o emocionou quando recebeu . Estou agora publicando no meu blog, cada dia uma passagem da vida de meu pai.



Primeiro Capitulo
O DIA DA VITÓRIA
E OUTRAS GUERRAS


Ele estava ali sentado, era 8 de maio de 1945. No dia 2, do mesmo mês, os alemães haviam se rendido em todo o território italiano e, os brasileiros usufruíram da paz, embora a guerra ainda continuasse na Alemanha, onde era quase certa, também, a rendição dos últimos nazistas.
Ele com dezenove anos era sargento da artilharia, mas estava em um Batalhão de Infantaria. Era o único nordestino numa Companhia de catarinenses e gaúchos, que o chamavam de “baiano”; para eles todos os nordestinos eram baianos. Eram soldados disciplinados, “grandalhões”, e toda tarde ele participava da cerimônia do “chimarrão” com os oficiais e sargentos.
Estava ali rememorando a sua participação na guerra, no ataque frustrado ao Monte Castelo, que tomara parte. Na tomada de Montese e no seu empenho em procurar evitar que os homens do seu grupo de combate fossem feridos, e nas patrulhas de que participara. Graças a Deus não sofrera nenhuma baixa.
Estava gravado na sua mente, quando fora mandado para o front e passava por Pistoia numa viatura militar, olhando para as jovens italianas que passavam, pensou: “Meu Deus! Tão jovem e vou morrer. Nunca mais terei uma mulher.”.
Pensava nos sargentos mineiros “Pitinga” e Carlos, o primeiro morrera no primeiro dia de combate e o outro fora ferido no bumbum, que naquela época tinha um nome diferente.
Se lembrava do capitão comandante da Companhia, que todo dia escrevia uma carta para esposa, no Rio.
Pensava na sua mãe, em Recife. Perdera o pai ainda pequeno e a sua mãe fora que assumira tudo. Os seus vencimentos eram bons, ganhava seis vezes mais do que o que percebia no Brasil como Sargento, e era dividido em três partes: uma ia para a sua mãe, a segunda ficava no Banco do Brasil, como fundo de previdência, e a terceira recebia na Itália.
À tardinha veio a notícia pelo rádio: os nazistas haviam se rendido em todo o território alemão.
Finalmente terminara aquele roteiro atroz e sanguinolento de matar, ou morrer, em que era figurante.
Mas aí começava outra guerra: a guerra da “tocha”.

DOS DESPOJOS

23 de Março
Dos despojos das guerras as dedicaram para a conservação da
casa do Senhor. (1 Cr 26.26.)
No seio da terra há energia armazenada nas minas de carvão,
originada do calor que incendiou grandes florestas em eras remotas. De
modo semelhante, armazenam-se forças espirituais dentro de nós, por
meio do sofrimento que nós não compreendemos.
Um dia descobriremos que a experiência adquirida nas provações
era apenas uma preparação para que pudéssemos ajudar, na hora da
prova, aqueles que caminham conosco para a cidade do grande Rei.
Mas nunca nos esqueçamos de que a base para podermos ajudar
os outros é a vitória sobre o sofrimento. A dor que nos deixa gemendo e
chorando nunca trará benefício a ninguém.
Paulo não vivia a lamentar-se, mas entoando hinos de louvor e
vitória; e quanto mais dura a prova, mais ele confiava e se regozijava,
dando louvores até no altar do sacrifício. Ele disse: "E ainda que seja
oferecido sobre o sacrifício e serviço da vossa fé, nisto me regozijarei
com todos vós." Senhor, ajuda-me neste dia a tirar forças de tudo o que
me vier. — Days of Heaven upon Earth
Senhor, quando uma vez Tu permitiste
Que eu sofresse, na cante, tanta dor.
Eu Te vi tão de perto e tão precioso!
Minha alma cantou notas
Repassadas de gozo.
Produzidas em mim por Teu Espírito.
E o Teu consolo foi tão abundante!
Era como se eu fosse uma criança
Sustentada nos braços pela mãe...
Hoje, com gratidão, lembro esse tempo,
E louvo-Te, Senhor, pelo milagre
Dos cânticos na noite da aflição!

terça-feira, 22 de março de 2011

DECORRIDOS QUARENTA ANOS

22 de Março
Decorridos quarenta anos, apareceu-lhe no deserto do monte
Sinai um anjo, por entre as chamas de uma sarça que ardia... Disse-lhe o
Senhor...
Vi, com efeito, o sofrimento do meu povo no Egito, ouvi o seu
gemido, e desci para libertá-lo. Vem agora e eu te enviarei ao Egito. (At
7.30, 33, 34.)
Essa foi uma longa espera, em preparação para uma grande
missão. Quando Deus parece "tardar", Ele não está inativo. Está
preparando seus instrumentos, está deixando amadurecer nossos
poderes; e no momento aprazado, nos levantaremos à altura da nossa
tarefa. Mesmo Jesus de Nazaré permaneceu trinta anos no silêncio,
crescendo em sabedoria, antes de começar Sua obra. — Dr. Jowett
Deus nunca está com pressa. Ele gasta muito tempo preparando
aqueles que pretende usar para um serviço mais importante na Sua obra.
Ele nunca considera o tempo da preparação demasiadamente longo nem
desnecessário.
O ingrediente mais difícil de se suportar é, muitas vezes, o tempo.
Um golpe agudo e rápido é suportado mais facilmente, mas quando um
sofrimento se arrasta por anos longos e monótonos, e a cada dia continua
presente, com a mesma rotina enfadonha de irremediável agonia, o
coração perde a força, e sem a graça de Deus, certamente cairá num
amargo desespero.
Longa foi a prova de José, e, muitas vezes, Deus tem de gravar
Suas lições no nosso coração por meio do fogo de uma dor prolongada.
"Assentar-se-á como um ourives e refinador de prata", mas Ele sabe por
quanto tempo, e como um verdadeiro ourives Ele diminui o fogo no
momento em que vê a Sua imagem no metal brilhante. Podemos não ver
agora o resultado do plano grandioso que Deus está ocultando na sombra
de Sua mão; e este pode ser-nos ainda oculto por muito tempo; mas a fé
pode estar certa de que Ele está assentado no trono, esperando
calmamente pela hora em que, em arrebatamento e adoração, diremos:
"Todas as coisas contribuíram juntamente para o bem.", Sejamos,
à semelhança de José, mais cuidadosos para aprender as lições na
escola da dor, do que ansiosos pela hora do livramento. Há um "se
necessário" para cada lição, e quando estivermos prontos, por certo virá o
livramento, e descobriremos que não poderíamos ter permanecido firmes
no nosso posto de serviço, sem as lições que aprendemos na fornalha da
provação.
Deus está-nos educando para o futuro, para um serviço mais
elevado e para bênçãos mais sublimes; e se temos qualidades que nos
habilitam para uma posição de autoridade, nada nos poderá impedir de
ocupá-la, quando chegar o tempo de Deus. Não roubemos da mão de
Deus o amanhã. Devemos dar-lhe tempo para falar conosco e revelar-nos
a Sua vontade. Ele nunca está atrasado; aprendamos a esperar.
Não corramos afoitamente adiante do Senhor; aprendamos a
esperar pelo Seu tempo: tanto o ponteiro dos minutos como o ponteiro
das horas precisa estar apontando o momento da ação.

segunda-feira, 21 de março de 2011

ENTRISTECIDOS ,MAS SEMPRE ALEGRES

20 de Março
Entristecidos, mas sempre alegres. (2 Co 6.10.)
O estóico zomba daquele que derrama lágrimas; ao crente,
porém, não é proibido chorar. Às vezes, diante de uma dor muito grande,
a pessoa permanece calada, enquanto a tesoura do tosquiador roça a
sua carne trêmula; mas, quando o nosso coração se abate sob a série
contínua de provações, podemos buscar alívio no choro. Há, porém, algo
ainda superior a isto.
Dizem que em certos lugares fontes de água doce saltam no meio
das águas salgadas do mar; que as mais lindas flores dos Alpes se
encontram nos recantos mais agrestes e escarpados das montanhas; que
os mais sublimes salmos foram o produto da mais profunda agonia de
alma.
Pois bem, assim, entre as múltiplas provas, aqueles que amam a
Deus encontrarão motivo de grande alegria. Embora um abismo chame
outro abismo, o cântico do Senhor se fará ouvir claro dentro da noite. E É
possível, mesmo na hora mais difícil que o homem atravessar, bendizer o
Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. Será que aprendemos esta
lição? Não se trata de suportar, meramente, a vontade de Deus, e não
somente de escolhê-la, mas de regozijar-se nela com gozo inefável e
cheio de glória. — Tried as by Fire
21 de Março
Seja-vos feito segundo a vossa fé. (Mt 9.29.)
Podemos dizer que uma pessoa ''prevaleceu em oração" quando,
durante a oração, ela teve a certeza de que foi atendida, e ficou
realmente consciente de já ter recebido aquilo que estava pedindo. Não
nos esqueçamos de que nenhuma circunstância terrena pode impedir o
cumprimento da Sua Palavra, se de fato estamos olhando firmemente
para a imutabilidade daquela Palavra, e não para a incerteza deste
mundo que está sempre mudando. Deus quer que creiamos na Sua
Palavra, sem outra confirmação, e então Ele está pronto a dar-nos
"segundo a nossa fé".
Faça prova de Deus,
Que as promessas de Deus
Permanecem de pé.
Pois a fé honra a Deus,
Também, Deus honra a fé.
Faça prova de Deus.
A oração da era de Pentecostes era como um cheque a ser pago
em moeda perante sua apresentação. — B. Anderson
E disse Deus... E assim se fez. (Gn 1.6,7.)

quinta-feira, 17 de março de 2011

PERMANECE LÁ ATÉ QUE EU TE AVISE

17 de Março

Permanece lá até que eu te avise.

(Mt 2.13.)

Ó coração inquieto, que se debate contra as grades da prisão das

circunstâncias, aspirando por uma esfera mais ampla de serviço. Deixe

Deus dirigir os seus dias. Paciência e confiança, na monotonia da rotina,

serão a melhor preparação para você agüentar corajosamente a tensão e

o desgaste da grande tarefa que Deus poderá um dia mandar-lhe.

Eu me vi, por momentos, como em grades;

Como impedida pelas circunstâncias,

De realizar, contente, o ministério

Que cuido arder em mim, dado por Ti.

Por momentos apenas; dou-Te graças

E foi assalto astuto do inimigo

Pois Tu, Senhor, Senhor das circunstâncias,

És quem dirige todo o meu viver.

Só quero estar humilde e bem disposta,

Aqui, ali, além; onde me ponhas;

Contando como alegre ministério,

Estando em Ti, o derramar de Ti.

Até que hajas por bem. Senhor da Seara,

Fazer o uso que bem Te parecer

Desta chama que em mim fizeste arder.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Para aproveitamento

16 de Março
Para aproveitamento. (Hb 12.10.)
Ralph Connor conta, num de seus livros, a estória de Gwen, uma
adolescente voluntariosa, temperamental, que tinha sido acostumada a
fazer sempre o que queria. Um belo dia, sofreu um terrível acidente que a
deixou paralítica. Encheu-se de revolta, e enquanto se encontrava nesse
estado de rebelião, recebeu a visita do missionário que trabalhava entre o
povo das montanhas onde ela morava.
Ele contou-lhe a parábola do canhão. "No princípio não havia
canhões, mas somente a campina muito vasta e aberta. Um dia o Mestre
da Campina, andando pelos seus grandes prados onde havia apenas
grama, perguntou-lhe: 'Onde estão suas flores?' E a Campina respondeu:
'Mestre, eu não tenho sementes.'
"Então ele falou com os pássaros, e eles tomaram sementes de
todo tipo de flores e as espalharam por toda a extensão da campina, e
logo ela estava coberta por uma grande variedade de flores! Então veio o
Mestre e ficou muito alegre; mas achou que faltavam ainda as flores de
que mais gostava, entre as quais a violeta e as anêmonas. Então
perguntou por elas à Campina.
"De novo ordenou aos pássaros e de novo eles trouxeram as
sementes e as espalharam. Mas, novamente, quando o Mestre chegou,
não encontrou aquelas flores de que tanto gostava. E perguntou:
"Onde estão aquelas florinhas de que tanto gosto?' E a Campina
respondeu tristemente:
"Oh, Mestre, eu não consigo conservar essas flores, porque o
vento sopra aqui com muita força e o sol é muito ardente, e elas murcham
logo, e secam, e se vão com o vento.'
"Então o Mestre falou com o raio, e com um golpe rápido o raio
rasgou a Campina. E ela estremeceu e gemeu em agonia, e por muitos
dias se lamentou amargamente pela ferida escura, recortada e profunda.
"Mas o rio derramou suas águas pela fenda e carregou para ali
bastante húmus; e novamente os pássaros carregaram sementes e as
espalharam, agora pelo canhão. E depois de muito tempo as rochas
ásperas estavam cobertas de musgo macio, de delicadas trepadeiras e
cheias de recantos abrigados, onde podiam crescer em profusão aquelas
outras flores, e por todo lado as violetas e as anêmonas, até que o
canhão ficou sendo o lugar favorito do Mestre para descanso, paz e
gozo."
Então o missionário leu para ela: "O fruto' — eu vou ler 'flores'
— 'do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade,
bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio' — e algumas destas só
crescem no canhão."
"Quais são as flores do canhão?" perguntou Gwen mansamente.
E o missionário respondeu: "Benignidade, mansidão, longanimidade; e
embora as outras — amor, gozo, paz floresçam no lugar aberto, contudo
nunca dão flores tão belas e com tanto perfume como no canhão.''
Gwen ficou um bom tempo em silêncio, e então disse pensativa,
enquanto seus lábios tremiam: "Não há flores no meu canhão. Só rochas
ásperas!” . "Logo vai haver, minha querida. O Mestre vai achá-las ali, e
nós também as veremos."
Caro irmão, quando você chegar ao seu canhão, lembre-se!

segunda-feira, 14 de março de 2011

MOISES,POREM , SE CHEGOU A NUVEM

14 de Março
Moisés, porém, se chegou à nuvem escura, onde Deus estava.
(Êx 20.21.)
Deus ainda tem Seus segredos, ocultos aos sábios e entendidos.
Não os temamos; contentemo-nos em aceitar as coisas que não podemos
entender; esperemos com paciência. Em breve Ele nos revelará os
tesouros ocultos, as riquezas da glória do mistério. O mistério é apenas o
véu da face de Deus.
Não temamos entrar na nuvem que está descendo sobre a nossa
vida. Deus está nela. O outro lado da nuvem está radioso da Sua glória.
"Não estranheis a ardente prova que vem sobre vós como se coisa
estranha vos acontecesse; mas alegrai-vos de serdes participantes das
aflições de Cristo."
Quando parecemos estar mais sós e mais abandonados, Deus
está perto. Ele está na nuvem escura. Mergulhemo-nos na escuridade
dela, sem temor; no oculto do Seu tabernáculo encontraremos Deus à
nossa espera. — Selecionado
Numa cama, entre dores;
Tudo adverso.
Nuvens densas e escuras ao redor.
Mas um brilho no olhar,
Irradiante; No sorriso, uma paz
Transbordante.
A beleza de Cristo;
A presença de Deus.
Certa vez o Sr. C. estava num alto pico das Montanhas Rochosas,
observando uma tempestade que caía no vale. De repente uma águia
surgiu, atravessando as nuvens e voando para as alturas onde havia sol.
As gotas dágua nas suas penas brilhavam como diamantes. Não
fosse a tempestade, talvez ela tivesse ficado no vale. — As tristezas da
vida nos levam a buscar a Deus.

sexta-feira, 11 de março de 2011

SUCEDEU DEPOIS

11 de Março

Sucedeu depois da morte de Moisés, servo do Senhor, que este

falou a Josué, filho de Num, servidor de Moisés, dizendo: Moisés, meu

servo, é morto; dispõe-te agora, passa este Jordão, tu e todo este povo, à

terra que eu dou aos filhos de Israel.

(Js 1.1, 2.)

A tristeza entrou em seu lar deixando ali um vazio. Seu primeiro

impulso agora é desistir de tudo e sentar-se em desespero entre os

destroços de suas esperanças. Mas você não se atreve. Está no campo

de batalha, e a crise está às portas. Fraquejar um momento seria pôr em

perigo algum interesse santo. Outras vidas seriam prejudicadas por uma

demora sua, interesses santos ficariam prejudicados se você cruzasse os

braços. E você não pode parar, nem para sofrer um pouco a Sua própria

dor.

Um general relatou uma história dramática vivida por ele no tempo

da guerra. Seu filho era tenente de bateria. Processava-se um assalto. O

pai comandava sua divisão num ataque; enquanto avançava no campo,

seus olhos de repente caíram sobre um tenente morto, bem à sua frente.

De um relance percebeu que era seu filho. O impulso do coração de pai

era parar junto do morto querido e dar vazão à dor, mas o dever do

momento ordenava que ele prosseguisse no ataque; assim, roubando às

pressas um beijo, aos lábios mortos, avançou rápido, liderando seu grupo

no assalto.

O choro inconsolável à beira de um túmulo não poderá restituirnos

aquele que amamos, nem tampouco bênção alguma virá dessa

tristeza. A dor faz cicatrizes profundas; ela grava seus registros

indelevelmente no coração dos que a sofrem. Na verdade, nós nunca nos

recuperamos inteiramente de nossas grandes dores; nunca somos os

mesmos depois que passamos por elas.

No entanto, na dor que foi devidamente aceita e suportada com

ânimo, há uma influência humanizadora e fertilizadora. Aliás, são pobres

os que nunca sofreram e não trazem marca de sofrimento. O gozo que

nos está proposto deveria brilhar sobre as nossas dores, como o sol

brilha através das nuvens, dando-lhes glória. Deus estabeleceu as coisas

de tal forma que, prosseguindo no dever, encontraremos a mais rica e

verdadeira consolação. Se nos sentamos para acalentar as nossas dores,

a escuridão cresce à nossa volta e penetra em nosso coração, e nossa

força muda-se em fraqueza. Mas se voltarmos as costas à sombra e

tomarmos as tarefas e deveres a que Deus nos chama, a luz novamente

voltará e ficaremos mais fortes. —

J. R. Miller

quarta-feira, 9 de março de 2011

OLHA PARA O CUME

9 de Março
Olha desde o cume. (Ct 4.8.)
Aos crentes, os pesos esmagadores fornecem asas. Parece
contradição, mas é uma grande verdade. Davi, no meio de uma
experiência amarga, exclamou: "Quem me dera asas como de pomba!
voaria e acharia pouso" (Sl 55.6). Mas antes de terminar essa meditação,
ele parece ter percebido que esse seu desejo era realizável. Pois diz:
"Lança o teu cuidado sobre o Senhor, e ele te susterá". Outra tradução
diz: "Descarrega o teu fardo sobre o Senhor".
Os fardos dos santos são dádivas de Deus, pois levam-nos a
esperar "no Senhor". E ao fazerem isso, por meio da confiança o "fardo"
se transforma em asas, e aquele que estava sob o peso do fardo subirá
com asas como águia. — Sunday School Times
Ver Teu rosto, Jesus, é o que me importa.
Circunstâncias hostis, a pressão do inimigo,
Tudo me quer tirar esta visão:
Ver Teu rosto e habitar contigo, em Ti.
Venho pois, Salvador, como Tu queres,
— Como traz alegria a Ti e a mim
— Descansar em Teu braço e contemplar-Te.
Quero ficar aqui. Quero Te ver.

terça-feira, 8 de março de 2011

FAZE COMO FALASTE...

8 de Março

Faze como falaste... e que o teu nome se engrandeça para

sempre.

(1 Cr 17.23, 24.)

Este é um aspecto importante da oração. Muitas vezes pedimos

coisas que não estão absolutamente prometidas. Portanto, se não

perseverarmos durante algum tempo, não podemos ter certeza se o que

pedimos está ou não dentro dos propósitos de Deus. Há outras ocasiões,

e na vida de Davi esta foi uma delas, em que estamos inteiramente

persuadidos de que o que estamos pedindo está de acordo com a

vontade de Deus.

Somos levados a tomar uma promessa das Escrituras e reivindicála,

sob a impressão de que ela contém uma mensagem para nós. Em tais

ocasiões, com fé, confiantes, dizemos: "Tu disseste". De fato, nada

melhor nem mais seguro do que descobrirmos uma promessa da Palavra

de Deus e nos apropriarmos dela. Não precisa haver angústia, luta ou

combate; simplesmente apresentamos o cheque e pedimos o fundo;

apresentamos a promessa, e requeremos o seu cumprimento; e nem

pode haver dúvida quanto ao resultado. Teríamos maior interesse na

oração, se fôssemos mais definidos no que pedimos. É bem melhor

clamar especificamente por uma bênção do que orar vagamente por

muitas. —

F. B. Meyer

Cada promessa das Escrituras é um documento escrito de Deus,

que pode ser cobrado diante dEle com este pedido lógico: "Faze como

falaste". O Criador não trai a confiança das criaturas que nEle confiam, e

mais ainda, o Pai Celestial não falta com a Palavra para com Seu filho.

"Lembra-te da palavra dita a teu servo e na qual me fizeste

esperar", eis o clamor que prevalece. É um argumento duplo: é a Tua

Palavra.

Não a cumprirás? Por que falaste, se não a vais fazer valer? Tu

me fizeste esperar nela, irás fazer desapontar a esperança que Tu

mesmo geraste em mim? —

C. H. Spurgeon

"Estando certíssimo de que o que ele tinha prometido também era

poderoso para o fazer." (Rm 4.21.)

É a eterna fidelidade de Deus que torna as promessas bíblicas

"grandíssimas e preciosas". As promessas humanas são muitas vezes

sem valor. Muitos corações têm ficado partidos por causa de promessas

quebradas. Mas desde que o mundo é mundo, Deus jamais quebrou uma

só promessa feita a qualquer de Seus filhos.

Ah, é triste ver um crente à porta da promessa na noite escura da

aflição, com receio de abrir o trinco, quando deveria chegar-se ali e

buscar abrigo com confiança, como um filho na casa do pai. —

Gurnal

Cada promessa é edificada sobre quatro pilares: A justiça e a

santidade de Deus que não Lhe permitem enganar; Sua graça ou

bondade, que não o deixa esquecer; Sua verdade, que não O deixa

mudar e que O faz cumprir. —

Selecionado

segunda-feira, 7 de março de 2011

EM TUDO FOMOS ATRIBULADOS

7 de Março
Em tudo fomos atribulados. (2 Co 7.5.)
Por que teria Deus de guiar-nos assim, e permitir que a pressão
seja tão dura e constante? Bem, em primeiro lugar, isso mostra muito
melhor a Sua força e graça suficiente, do que se estivéssemos isentos de
pressão e prova. O tesouro está "em vasos de barro, para que a
excelência do poder seja de Deus e não de nós".
Além do mais, isto faz-nos mais conscientes da nossa
dependência dEle. Deus está constantemente procurando ensinar-nos a
nossa dependência, e procurando conter-nos inteiramente em Sua mão e
confiados ao Seu cuidado. Era o lugar que Jesus ocupava e quer que nós
ocupemos; firmados, não em nossa própria força, mas com a mão
sempre na Sua, e com tal confiança nEle que não ousemos dar sequer
um passo sozinhos. E esses caminhos de Deus para nós ensinam-nos
confiança.
Não há maneira de aprendermos a ter fé, senão pelas provações.
Elas são a escola da fé, e é muito melhor aprendermos a confiar em Deus
do que a gozar a vida.
A lição da fé, uma vez aprendida, é uma aquisição eterna, bem
como um eterno tesouro; e sem a confiança, até mesmo riquezas nos
deixarão pobres. — Days of Heaven upon Earth
Sim, meu Senhor, quanta lição preciosa.
Faze-me atento, faze-me aprender.

quarta-feira, 2 de março de 2011

E ELE CLAMANDO

3 de Março
E ele, clamando, e agitando-o muito, saiu. (Mc 9.26.)
O mal nunca se rende sem feroz luta e resistência. Não
alcançamos nenhuma vitória entre os divertimentos agradáveis de um
piquenique, mas sempre nas duras disputas do campo de batalha. É
assim que acontece no campo espiritual. Em cada área da nossa vida só
alcançamos a liberdade a preço de sangue.
O adversário não é posto em fuga por meio de uma delicada
solicitação; ele está presente em todo o caminho; e cada passo avante
será marcado com sofrimento. Não podemos esquecer-nos disto, ou
iremos acrescentar aos outros fardos da vida a amargura causada por
uma interpretação errônea. Não nascemos de novo em berçários macios
e protegidos, mas em campo aberto, onde precisamos tirar forças do
próprio furor da tempestade: "Por muita tribulação nos importa entrar no
reino de Deus." — Dr. J. H. Jowett
Senhor Jesus, meu fiel Amigo,
Meu Salvador, fica comigo;
Porque já é tarde, a noite desce...
E tudo muda, tudo perece;
A luta cresce e o mal aumenta!
Minha alma frágil só não agüenta!
Faze-Te perto, fica comigo,
Meu salvador!
Eis que estou convosco todos os dias. (Mt 28.20.)

PREPARA-TE PARA AMANHÃ

2 de Março
Prepara-te para amanhã, para que subas..., e ali te apresenta a
mim no cume do monte. Ninguém suba contigo. (Êx 34.2, 3.)
O momento matinal com Deus é essencial. Não podemos encarar
o dia sem ter olhado para Deus, nem ter contato com outros, sem
primeiro ter estado em contato com Deus.
Não podemos esperar vitória, se começamos o dia na nossa
própria força. Enfrentemos o trabalho de cada dia sentindo a influência de
alguns momentos tranqüilos com o coração diante de Deus. Não
entremos em contato com ninguém, mesmo os de casa, sem ter primeiro
conversado com o grande hóspede e companheiro de nossa vida —
Jesus Cristo.
Conversemos a sós com Ele regularmente. Conversemos a sós
com Ele diante da Bíblia, e enfrentemos os deveres habituais e não
habituais de cada dia, tendo a influência dEle a controlar cada um de
nossos atos.
Tens hoje muito que fazer, talvez;
Fala com Deus, primeiro.
As coisas mudam tanto de figura
Quando encaradas lá,
A sós com Deus.
Familiariza-O com esses teus assuntos;
Derrama ali o cuidado que te trazem;
Procura ver a mente do Senhor.
Toma as promessas que nos fez, tão grandes;
De que ouve as orações;
De que trabalha
Para quem nEle espera;
Que lancemos
Sobre Ele as ansiedades,
Que Ele cuida de nós; e tantas outras!
E usa-as no teu viver.
Sim, vale a pena,
Antes de pôr a mão nos afazeres,
Primeiro irmos falar a sós com Deus.
Os homens que mais trabalharam para Deus neste mundo foram
os que passaram mais tempo de joelhos.
Mathew Henry costumava ir para o escritório às quatro da manhã
e ali ficava até as oito; então, depois do café e da oração em família, ali
ficava outra vez até meio-dia; depois do almoço retomava os livros ou a
pena até as quatro; e o resto do dia passava em visita aos amigos.
Doddridge, o autor de "Family Expositor", refere-se à existência
dessa sua obra como uma prova da diferença entre levantar-se às cinco e
às sete, que, em quarenta anos, é equivalente a mais dez anos de vida.
O "Comentário" de Adam Clark foi preparado principalmente nas
primeiras horas da manhã.
O tão conhecido e útil "Comentário" de Barnes foi também fruto
"das primeiras horas do dia".
Simeon, o autor de "Notas" (Sketches), preparou-as, na maior
parte, entre as quatro e as oito da manhã.

terça-feira, 1 de março de 2011

ATENTA PARA A OBRA DE DEUS

1° de Março
Atenta para a obra de Deus porque quem poderá endireitar o que
ele fez torto? (Ec 7.13.)
Muitas vezes Deus parece colocar Seus filhos em situações de
grande dificuldade, conduzindo-os a um caminho estreito de onde não há
saída; criando uma situação que a razão humana nunca permitiria, se
fosse previamente consultada. No entanto, é a própria nuvem de Deus
que os conduz a esse lugar (Nm 9.17). Agora mesmo podemos estar
envolvidos nessa nuvem.
O assunto parece ser bastante sério e suficiente para deixar-nos
perplexos; mas está perfeitamente certo. Depois o livramento justificará
plenamente Aquele que nos levou ali. Servirá como que de palco, onde o
Senhor mostrará Sua graça e poder.
E Ele não somente nos dará o livramento, como, ao fazê-lo, nos
dará também uma lição da qual jamais nos esqueceremos e da qual nos
lembraremos muitas vezes, em dias futuros, com salmos de louvor.
Nunca conseguiremos agradecer suficientemente a Deus por haver feito
exatamente como fez. — Selecionado
Vi nascer o problema,
E o vi crescendo...
Vi-o tornar-se grande — imensurável.
E esmagar-nos a um canto — inexorável.
E sem nada entender;
E sem nada poder.
— Ó Senhor, que fazer?
A minha alma clamou.
E sofreu, e chorou,
E angustiou-se.
Mas ali, meu Senhor,
Eu Te vi bem de perto;
Conheci o Teu toque
E provei o Teu bálsamo,
Assistência e amor.
... Entender o problema?
Eu não o entendo.
Mas vi meu Deus tão grande — incomparável!
Vi Seu amor por mim — imensurável.
Seu é todo o poder;
Tudo pode fazer;
Tudo pode entender;
E É meu Pai.