terça-feira, 22 de março de 2011

DECORRIDOS QUARENTA ANOS

22 de Março
Decorridos quarenta anos, apareceu-lhe no deserto do monte
Sinai um anjo, por entre as chamas de uma sarça que ardia... Disse-lhe o
Senhor...
Vi, com efeito, o sofrimento do meu povo no Egito, ouvi o seu
gemido, e desci para libertá-lo. Vem agora e eu te enviarei ao Egito. (At
7.30, 33, 34.)
Essa foi uma longa espera, em preparação para uma grande
missão. Quando Deus parece "tardar", Ele não está inativo. Está
preparando seus instrumentos, está deixando amadurecer nossos
poderes; e no momento aprazado, nos levantaremos à altura da nossa
tarefa. Mesmo Jesus de Nazaré permaneceu trinta anos no silêncio,
crescendo em sabedoria, antes de começar Sua obra. — Dr. Jowett
Deus nunca está com pressa. Ele gasta muito tempo preparando
aqueles que pretende usar para um serviço mais importante na Sua obra.
Ele nunca considera o tempo da preparação demasiadamente longo nem
desnecessário.
O ingrediente mais difícil de se suportar é, muitas vezes, o tempo.
Um golpe agudo e rápido é suportado mais facilmente, mas quando um
sofrimento se arrasta por anos longos e monótonos, e a cada dia continua
presente, com a mesma rotina enfadonha de irremediável agonia, o
coração perde a força, e sem a graça de Deus, certamente cairá num
amargo desespero.
Longa foi a prova de José, e, muitas vezes, Deus tem de gravar
Suas lições no nosso coração por meio do fogo de uma dor prolongada.
"Assentar-se-á como um ourives e refinador de prata", mas Ele sabe por
quanto tempo, e como um verdadeiro ourives Ele diminui o fogo no
momento em que vê a Sua imagem no metal brilhante. Podemos não ver
agora o resultado do plano grandioso que Deus está ocultando na sombra
de Sua mão; e este pode ser-nos ainda oculto por muito tempo; mas a fé
pode estar certa de que Ele está assentado no trono, esperando
calmamente pela hora em que, em arrebatamento e adoração, diremos:
"Todas as coisas contribuíram juntamente para o bem.", Sejamos,
à semelhança de José, mais cuidadosos para aprender as lições na
escola da dor, do que ansiosos pela hora do livramento. Há um "se
necessário" para cada lição, e quando estivermos prontos, por certo virá o
livramento, e descobriremos que não poderíamos ter permanecido firmes
no nosso posto de serviço, sem as lições que aprendemos na fornalha da
provação.
Deus está-nos educando para o futuro, para um serviço mais
elevado e para bênçãos mais sublimes; e se temos qualidades que nos
habilitam para uma posição de autoridade, nada nos poderá impedir de
ocupá-la, quando chegar o tempo de Deus. Não roubemos da mão de
Deus o amanhã. Devemos dar-lhe tempo para falar conosco e revelar-nos
a Sua vontade. Ele nunca está atrasado; aprendamos a esperar.
Não corramos afoitamente adiante do Senhor; aprendamos a
esperar pelo Seu tempo: tanto o ponteiro dos minutos como o ponteiro
das horas precisa estar apontando o momento da ação.

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