11 de Março
Sucedeu depois da morte de Moisés, servo do Senhor, que este
falou a Josué, filho de Num, servidor de Moisés, dizendo: Moisés, meu
servo, é morto; dispõe-te agora, passa este Jordão, tu e todo este povo, à
terra que eu dou aos filhos de Israel.
(Js 1.1, 2.)
A tristeza entrou em seu lar deixando ali um vazio. Seu primeiro
impulso agora é desistir de tudo e sentar-se em desespero entre os
destroços de suas esperanças. Mas você não se atreve. Está no campo
de batalha, e a crise está às portas. Fraquejar um momento seria pôr em
perigo algum interesse santo. Outras vidas seriam prejudicadas por uma
demora sua, interesses santos ficariam prejudicados se você cruzasse os
braços. E você não pode parar, nem para sofrer um pouco a Sua própria
dor.
Um general relatou uma história dramática vivida por ele no tempo
da guerra. Seu filho era tenente de bateria. Processava-se um assalto. O
pai comandava sua divisão num ataque; enquanto avançava no campo,
seus olhos de repente caíram sobre um tenente morto, bem à sua frente.
De um relance percebeu que era seu filho. O impulso do coração de pai
era parar junto do morto querido e dar vazão à dor, mas o dever do
momento ordenava que ele prosseguisse no ataque; assim, roubando às
pressas um beijo, aos lábios mortos, avançou rápido, liderando seu grupo
no assalto.
O choro inconsolável à beira de um túmulo não poderá restituirnos
aquele que amamos, nem tampouco bênção alguma virá dessa
tristeza. A dor faz cicatrizes profundas; ela grava seus registros
indelevelmente no coração dos que a sofrem. Na verdade, nós nunca nos
recuperamos inteiramente de nossas grandes dores; nunca somos os
mesmos depois que passamos por elas.
No entanto, na dor que foi devidamente aceita e suportada com
ânimo, há uma influência humanizadora e fertilizadora. Aliás, são pobres
os que nunca sofreram e não trazem marca de sofrimento. O gozo que
nos está proposto deveria brilhar sobre as nossas dores, como o sol
brilha através das nuvens, dando-lhes glória. Deus estabeleceu as coisas
de tal forma que, prosseguindo no dever, encontraremos a mais rica e
verdadeira consolação. Se nos sentamos para acalentar as nossas dores,
a escuridão cresce à nossa volta e penetra em nosso coração, e nossa
força muda-se em fraqueza. Mas se voltarmos as costas à sombra e
tomarmos as tarefas e deveres a que Deus nos chama, a luz novamente
voltará e ficaremos mais fortes. —
J. R. Miller
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