sexta-feira, 11 de março de 2011

SUCEDEU DEPOIS

11 de Março

Sucedeu depois da morte de Moisés, servo do Senhor, que este

falou a Josué, filho de Num, servidor de Moisés, dizendo: Moisés, meu

servo, é morto; dispõe-te agora, passa este Jordão, tu e todo este povo, à

terra que eu dou aos filhos de Israel.

(Js 1.1, 2.)

A tristeza entrou em seu lar deixando ali um vazio. Seu primeiro

impulso agora é desistir de tudo e sentar-se em desespero entre os

destroços de suas esperanças. Mas você não se atreve. Está no campo

de batalha, e a crise está às portas. Fraquejar um momento seria pôr em

perigo algum interesse santo. Outras vidas seriam prejudicadas por uma

demora sua, interesses santos ficariam prejudicados se você cruzasse os

braços. E você não pode parar, nem para sofrer um pouco a Sua própria

dor.

Um general relatou uma história dramática vivida por ele no tempo

da guerra. Seu filho era tenente de bateria. Processava-se um assalto. O

pai comandava sua divisão num ataque; enquanto avançava no campo,

seus olhos de repente caíram sobre um tenente morto, bem à sua frente.

De um relance percebeu que era seu filho. O impulso do coração de pai

era parar junto do morto querido e dar vazão à dor, mas o dever do

momento ordenava que ele prosseguisse no ataque; assim, roubando às

pressas um beijo, aos lábios mortos, avançou rápido, liderando seu grupo

no assalto.

O choro inconsolável à beira de um túmulo não poderá restituirnos

aquele que amamos, nem tampouco bênção alguma virá dessa

tristeza. A dor faz cicatrizes profundas; ela grava seus registros

indelevelmente no coração dos que a sofrem. Na verdade, nós nunca nos

recuperamos inteiramente de nossas grandes dores; nunca somos os

mesmos depois que passamos por elas.

No entanto, na dor que foi devidamente aceita e suportada com

ânimo, há uma influência humanizadora e fertilizadora. Aliás, são pobres

os que nunca sofreram e não trazem marca de sofrimento. O gozo que

nos está proposto deveria brilhar sobre as nossas dores, como o sol

brilha através das nuvens, dando-lhes glória. Deus estabeleceu as coisas

de tal forma que, prosseguindo no dever, encontraremos a mais rica e

verdadeira consolação. Se nos sentamos para acalentar as nossas dores,

a escuridão cresce à nossa volta e penetra em nosso coração, e nossa

força muda-se em fraqueza. Mas se voltarmos as costas à sombra e

tomarmos as tarefas e deveres a que Deus nos chama, a luz novamente

voltará e ficaremos mais fortes. —

J. R. Miller

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