sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Como a águia desperta a sua ninhada

30 de Setembro
Como a águia desperta a sua ninhada e voeja sobre os seus
filhotes, estende as suas asas, e, tornando-os, os leva sobre elas, assim
só o Senhor o guiou, e não havia com ele deus estranho. (Dt 32.11,12.)
Nosso Pai todo-poderoso tem prazer em conduzir as tenras
avezinhas que estão sob o Seu cuidado, até à beira do precipício, e
mesmo em empurrá-las aos abismos de ar, para que possam aprender a
conhecer o desconhecido poder de vôo que possuem, o qual lhes será
para sempre um prazer.
Se na tentativa elas são expostas a perigo a que não estão
acostumadas, Ele está preparado para Se colocar debaixo delas e leválas
para o alto, em Suas poderosas asas. Quando Deus leva algum de
Seus filhos a uma situação de dificuldade sem precedentes, este pode
sempre contar com Ele para livrá-lo. — The Song of Victory
"Quando Deus põe um peso sobre nós, Ele sempre põe seu braço
debaixo.''
Havia uma plantinha, pequena e mirrada, que crescia à sombra de
um carvalho. E a plantinha gostava da sombra que a cobria e sabia
apreciar a quietude que lhe garantia seu nobre amigo. Mas uma bênção
estava reservada para aquela plantinha.
Um belo dia, lá veio um lenhador e derrubou o carvalho. A
pequena planta chorou e exclamou: "Foi-se embora o meu abrigo. Todos
os maus ventos soprarão sobre mim, e toda tempestade procurará
arrancar-me!"
"Não, não", disse o anjo daquela flor, "agora o sol vai banhar você;
agora as chuvas cairão mais copiosamente sobre você; agora a sua
forma raquítica se expandirá em beleza, e a sua flor, que nunca pôde
desabrochar em toda a sua perfeição, sorrirá ao sol, e os homens dirão:
'Como cresceu em importância aquela planta! Como ficou linda, depois
que retiraram o que era a sua sombra e alegria!"
Você não vê, pois, que Deus pode tirar todos os seus confortos e
privilégios, para fazer de você um crente melhor? Pois o Senhor sempre
treina os Seus soldados, não em colchões de penas, mas levando-os
para fora e fazendo-os exercitar-se em marchas forçadas e serviços
pesados. Ele os faz atravessar rios a nado, correntes a vau, escalar
montes e fazer longas caminhadas carregando às costas pesadas
mochilas de sofrimento.
Este é o método que Ele usa para fazer soldados — não é
vestindo-os de belos uniformes, para se jactarem à porta das barracas e
serem olhados como finos cavalheiros pelos que circulam nos parques.
Deus sabe que os soldados só são formados no campo de batalha; não
em tempos de paz. Bem, irmão, será que isso não explica tudo? Não
estará o Senhor tomando as graças que estão em você e fazendo-as
desabrochar? Lançando-o no calor da batalha, não estará o Senhor
desenvolvendo em você as qualidades do soldado? E não deverá você
usar todos os recursos que Ele lhe deu, para sair vencedor? — Spurgeon

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Eu me dedico à oração. (Sl 109.4.)

29 de Setembro
Eu me dedico à oração. (Sl 109.4.)
Muitas vezes, em nossos momentos de meditação, estamos numa
verdadeira pressa religiosa. Quanto tempo dedicamos a ele diariamente?
Não é verdade que podemos registrá-lo em minutos? Quem conheceu um
homem eminentemente santo que não passasse muito do seu tempo em
oração? E já vimos alguém com muito espírito de oração que não
passasse muito tempo em seus aposentos, à parte?
Diz Whitefield: "Dias e semanas passei prostrado no solo, em
oração, silenciosa ou audível". "Caia de joelhos, e cresça assim", é a
linguagem de outro servo de Deus, que conhecia por experiência o que
afirmava.
Dizem que nenhuma grande obra no campo da literatura ou da
ciência foi executada por alguém que não amasse o estar a sós. E
podemos apontar como princípio elementar da vida religiosa, que quem
alcança um grande crescimento na graça, sempre toma tempo para estar
muitas vezes, e por longo tempo, a sós com Deus. — Still Hour

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Em mim... paz. (Jo 16.33.)

28 de Setembro
Em mim... paz. (Jo 16.33.)
Há uma vasta diferença entre felicidade, no sentido comum, e
felicidade, no sentido de bem-aventurança. Paulo sofreu prisões e dores,
sacrifícios e sofrimentos até ao extremo; mas em meio a tudo, estava
feliz. Todas as bem-aventuranças enchiam seu coração e vida no meio
daquelas condições.
Paganini, o grande violinista do passado, apresentou-se ao seu
auditório certo dia e descobriu, logo após os aplausos iniciais, que havia
algo errado com o violino. Olhou-o por um momento e viu que aquele não
era o seu valioso instrumento.
Sentiu-se paralisado por um instante, mas depois, voltando-se
para o auditório, explicou o engano. Retirou-se por um momento,
procurou-o atrás da cortina, no lugar onde provavelmente o teria deixado,
mas percebeu que alguém o tinha roubado, deixando o outro no lugar.
Ficou ali por uns instantes, e depois veio para o auditório e disse:
"Senhoras e senhores: vou mostrar-lhes que a música não está no
instrumento, mas na alma.", E tocou como nunca dantes. E a música se
derramou daquele instrumento de segunda mão, ao ponto de o auditório
ficar arrebatado de entusiasmo, e os aplausos quase romperam o teto,
pois aquele homem lhes havia mostrado que a música não estava no
instrumento, mas em sua alma.
É sua missão, amigo que está sendo provado e testado, andar no
palco deste mundo e revelar a toda a terra e Céu que a música não está
nas circunstâncias, nem nas coisas, nem no que é exterior, mas que a
música da vida está em sua própria alma.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Assentando-se também aos pés de Jesus, ouvia a sua palavra. (Lc 10.39.)

27 de Setembro
Assentando-se também aos pés de Jesus, ouvia a sua palavra.
(Lc 10.39.)
"Aos pés de Jesus" — esse é o nosso lugar privilegiado e feliz. É
ali que somos educados e preparados para os deveres práticos da vida.
Ali é que renovamos nossas forças, enquanto esperamos nEle e
aprendemos a subir com asas como águias. Ali é que ficamos possuídos
daquele verdadeiro conhecimento dEle que nos infunde poder.
É ali que aprendemos como se faz trabalho verdadeiro e ali é que
somos dotados com a verdadeira motivação que impulsionará nosso
trabalho. É ali que achamos consolação no meio dos desgastes do
serviço — que não são poucos — e dos desgastes da vida em geral.
E ali experimentamos, antecipadamente, algo das delícias do céu
no meio destes dias na terra. Pois sentar-se a Seus pés é, de fato, estar
nos lugares celestiais; e contemplar a Sua glória é fazer o que nunca nos
cansaremos de fazer além . — Thoughts for the Quiet Hour

Andamos por fé, e não pelo que vemos. (2 Co 5.7.)

26 de Setembro
Andamos por fé, e não pelo que vemos. (2 Co 5.7.)
Por fé, e não pelo que vemos; Deus não quer que olhemos para o
que sentimos. O eu, sim, pode querer isto; e Satanás também. Mas Deus
quer que observemos os fatos, não as emoções: a realidade de Cristo, e
a obra completa e perfeita que fez por nós.
Quando olhamos para essa preciosa realidade, e cremos nela
simplesmente porque Deus diz que é realidade, Ele toma conta dos
nossos sentimentos e emoções.
Deus nunca nos dá emoções para nos encorajar a confiar nEle;
Deus nunca nos dá emoções para sabermos que já confiamos
inteiramente nEle.
Deus só nos dá emoções, quando vê que estamos confiando nEle
mesmo sem sentir nada, descansando apenas na Sua Palavra e na Sua
fidelidade em cumprir as Suas promessas.
É só então que as emoções (quando são de Deus) podem nos
sobrevir. E Deus nos dará as emoções, na medida e no momento que o
Seu amor achar melhor para cada caso em particular.
Precisamos escolher entre olhar para as nossas emoções e olhar
em direção às realidades de Deus. Nossas emoções podem ser incertas
como o mar ou as areias movediças. As realidades de Deus são tão
certas como a Rocha dos Séculos, como Cristo mesmo, que é o mesmo
ontem, hoje e para sempre.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Quem crê em mim, como diz a Escritura, do seu interior manarão rios de água viva. (Jo 7.38.)

23 de Setembro
Quem crê em mim, como diz a Escritura, do seu interior manarão
rios de água viva. (Jo 7.38.)
Alguns de nós ficamos temerosos e imaginando por que o Espírito
Santo não nos enche. Não será porque estamos recebendo em
abundância, mas não estamos dando? Comece a dar a bênção que você
tem: alargue seus planos de serviço e bênção e logo descobrirá que o
Espírito Santo está indo à sua frente; e ele o presenteará com bênçãos
para o serviço e confiará às suas mãos tudo o que puder, para ser dado a
outros.
Há na natureza um belo fato que tem seus paralelos na esfera
espiritual. Não há música tão maviosa como a de uma harpa eólica; e a
harpa eólica nada mais é do que um conjunto de cordas musicais
dispostas em harmonia, e que são vibradas pelos ventos. E dizem que
quando isto acontece, notas quase celestiais ecoam pelos ares, como se
um coro de anjos estivesse passando por ali e tangendo aquelas cordas.
Assim, é possível conservarmos o coração tão aberto ao toque do
Espírito Santo, que Ele pode tocar ali o que quer, enquanto quietamente
nos colocamos à sua disposição nos caminhos do seu serviço. — Days of
Heaven upon Earth
Quando os apóstolos foram cheios do Espírito Santo, não
alugaram o Cenáculo para ficar ali fazendo reuniões de santificação, mas
saíram por toda parte, pregando o evangelho. — Will Hujf

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Eu, porém, roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça. (Lc 22.31,32.)

22 de Setembro
Satanás vos reclamou para vos peneirar como trigo. Eu, porém,
roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça. (Lc 22.31,32.)
Nossa fé é o centro do alvo a que Deus atira quando nos prova; e
se alguma outra graça passa sem ser testada, com a fé isso não
acontece. Não há melhor maneira de ferir a fé no seu próprio cerne, do
que cravar-lhe a seta do desamparo. Isto revela logo se ela é ou não a fé
dos imortais. Despoje a fé do gozo que a envolve como uma armadura, e
deixe que venham contra ela os terrores do Senhor; e será fé real, a que
escapar ilesa do ataque.
A fé precisa ser provada, e o desamparo aparente é a fornalha
aquecida sete vezes, na qual ela precisa ser lançada. Bem-aventurado o
homem que pode suportar a provação. — C. H. Spurgeon
Paulo disse: "Guardei a fé", mas ficou sem a cabeça! Cortaramlhe
a cabeça, mas não tocaram em sua fé. Aquele grande apóstolo dos
gentios se alegrava por três coisas: havia combatido o bom combate,
acabado a carreira e guardado a fé. Que lhe importava o resto?
Paulo ganhou a corrida: ele ganhou o prêmio; e hoje tem a
admiração não só da terra, mas do Céu. Por que não agimos como se
valesse a pena perder tudo para ganhar a Cristo? Por que não somos
leais à verdade, como ele foi? Ah, nós não temos a sua aritmética. Ele
contava de maneira diferente da nossa. Nós contamos como lucro o que
ele contava como perda. É mister que tenhamos a sua fé e a guardemos,
se queremos receber a mesma coroa.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor

21 de Setembro
Tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do
conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor. (Fp 3.8.)
A época da colheita é a estação alegre das espigas maduras, da
canção festiva, dos celeiros cheios. Mas vamos atentar para o sermão
que o campo nos dá. Esta é a mensagem solene que ele tem para mim:
"Você tem que morrer, para poder viver. Seu conforto e bem-estar não
têm que ser consultados. Você tem que ser crucificado, não somente
quanto aos desejos e hábitos pecaminosos, mas a muitos outros, que
parecem inocentes e retos.''
Se você quer vir a salvar outros, não pode salvar-se a si mesmo.
Se quer dar muito fruto, precisa ser sepultado em trevas e solidão.
Meu coração treme ao ouvir estas coisas. Mas se Jesus me pede
isto, possa eu dizer a mim mesmo como é sublime entrar na comunhão
dos Seus sofrimentos; e estarei na melhor das companhias. E possa eu
ainda dizer a mim mesmo que tudo isso tem por fim tornar-me em vaso
idôneo para Seu uso. O Calvário dEle floresceu e frutificou; assim será
com o meu também. Abundância sairá da dor; vida, da morte. Não é essa
a lei do Reino? — In the Hour of Silence
Quando o botão se abre numa flor, chamamos a isso morte? —
Selecionado

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Não te disse eu que se creres verás a glória de Deus?

20 de Setembro
Não te disse eu que se creres verás a glória de Deus? (Jo 11.40.)
Maria e Marta não podiam entender o que o seu Senhor estava
fazendo. Ambas lhe disseram: "Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão
não teria morrido." Parece que atrás de tudo isto podemos ler os seus
pensamentos: "Senhor, nós não entendemos por que demoraste tanto
para vir. Não entendemos como deixaste morrer aquele a quem amavas.
Não entendemos como pudeste deixar que a dor e o sofrimento
rasgassem nossa vida, quando a Tua presença poderia ter impedido tudo
isto. Por que não vieste antes? Agora é tarde, pois ele já está morto há
quatro dias!"
E para tudo isto o Senhor Jesus tinha apenas uma grande
resposta: "Vocês podem não entender, mas eu não lhes disse que se
crerem, verão?"
Abraão não podia entender por que Deus lhe pedia o sacrifício do
filho, mas confiou. E viu a glória de Deus na restituição dele ao seu amor.
Moisés não conseguia entender por que Deus o retinha em Midiã aqueles
quarenta anos, mas confiou, e viu, quando Deus o chamou para tirar a
Israel da servidão.
José não podia entender a crueldade de seus irmãos, o falso
testemunho de uma mulher pérfida e os longos anos de uma reclusão
injusta; mas confiou, e por fim viu a glória de Deus em tudo o que se
passou.
Jacó não podia entender a estranha providência que permitiu que
José fosse arrancado ao seu amor de pai, mas viu a glória de Deus
quando contemplou o rosto daquele filho como governador à mão de um
grande rei e como o preservador de sua própria vida e da de uma grande
nação.
E talvez seja assim na sua vida. Você diz: "Eu não entendo porque
Deus deixou este meu ente querido ser levado. Eu não entendo por que
Ele permitiu que a aflição me açoitasse. Não entendo estes caminhos
tortuosos pelos quais o Senhor está-me guiando. Não entendo por que
foram desmantelados os planos que eu achava tão bons. Não entendo
por que as bênçãos de que eu preciso tanto estão demorando tanto para
vir.
Amigo, você não tem que entender todos os caminhos de Deus,
todas as maneiras como Ele dirige a sua vida. Deus não espera que você
entenda tudo. Você não espera que o seu filhinho entenda tudo: quer
apenas que confie em você. Um dia, verá a glória de Deus nas coisas que
não entende. — M.H.McC.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Meu Pai é o agricultor

19 de Setembro
Meu Pai é o agricultor. (Jo 15.1.)
É confortador pensarmos na tribulação, qualquer que seja a forma
em que ela nos venha, como sendo um mensageiro celeste, trazendo-nos
alguma coisa da parte de Deus. Em seu aspecto terreno, ela pode
parecer penosa e até destrutiva, mas vista sob o aspecto de seus
resultados espirituais, ela traz bênção. Muitas das bênçãos mais ricas que
nos têm vindo de homens do passado são fruto de sofrimento e dor.
Não devemos esquecer-nos de que a redenção — a maior de
todas as bênçãos — é o fruto do maior de todos os sofrimentos. Em
qualquer tempo de severa poda, quando a faca entra fundo e a dor é
forte, é um grande conforto lermos: "Meu Pai é o agricultor."
Um servo de Deus nos conta que esteve certa vez numa grande
estufa onde viu exuberantes cachos de uvas pendendo de toda parte. O
proprietário lhe disse: "Quando meu novo jardineiro veio para cá, disseme
que só cuidaria destas videiras se pudesse desbastá-las até deixarlhes
só o tronco. E assim fez. Por dois anos não tivemos uvas, mas agora
aí está o resultado."
Esta interpretação do processo da poda é muito sugestiva se a
aplicarmos à vida cristã. A poda parece estar destruindo a videira; o
agricultor parece estar cortando-a totalmente; mas ele está visando a um
momento futuro, e sabe que o resultado final será o enriquecimento da
vida da videira e maior abundância de fruto.
Há bênçãos que só podemos obter se estivermos prontos a pagar
o preço da dor. Não há maneira de as conseguirmos, senão através de
sofrimento. — Dr. Miller

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Esconde-te junto à torrente de Querite.

16 de Setembro
Esconde-te junto à torrente de Querite. (1 Rs 17.3.)
Os servos de Deus precisam ser instruídos quanto ao valor da
vida escondida. Para se ocupar uma posição elevada diante dos
semelhantes, é preciso tomar uma posição humilde diante de Deus. Não
devemos ficar surpresos se às vezes nosso Pai nos diz: "Chega meu
filho. Você já agüentou bastante dessa correria, publicidade e movimento;
retire-se daqui, esconda-se junto ao ribeiro — esconda-se no Querite do
quarto de enfermidade, ou no Querite do luto, ou em alguma solidão, do
qual as multidões se afastaram."
Feliz daquele que pode responder: "A Tua vontade nisto é a minha
também. Fujo para Ti e me escondo. Esconde-me no oculto do Teu
tabernáculo e à sombra das Tuas asas!"
Para que uma alma piedosa tenha poder entre os homens, ela
precisa ganhá-lo em algum Querite escondido. A aquisição de poder
espiritual é impossível, se não nos escondermos dos homens e de nós
mesmos em algum lugar oculto onde possamos absorver o poder do
Deus eterno: como a vegetação que absorveu por longas eras a energia
do sol, agora a devolve através do carvão em brasa.
O Bispo Andrews, um servo de Deus, teve o seu Querite, no qual
passava cinco horas diariamente em oração e devoção. João Welsh
também, o qual achava mal empregado o dia em que não passava de oito
a dez horas em comunhão particular. Davi Brainerd teve o seu Querite
nas matas da América do Norte.
Christmas Evans o teve nas viagens longas e solitárias por entre
os montes de Gales.
Ah, voltemo-nos aos benditos começos da nossa era: Patmos, o
lugar segregado das prisões romanas, o deserto da Arábia, os montes e
vales da Palestina, todos estes são lembrados para sempre como os
Querites daqueles que fizeram o nosso mundo de hoje.
Nosso Senhor encontrou o Seu Querite em Nazaré e no deserto
da Judéia entre as oliveiras de Betânia e na solidão de Gadara. Nenhum
de nós, pois, pode passar sem algum Querite, onde o som das vozes
humanas é substituído pela quietude das águas que vêm do trono, e onde
podemos provar as doçuras e embeber-nos do poder de uma vida
escondida com Cristo. — Elijah, de Meyer

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Assopra no meu jardim

15 de Setembro
Assopra no meu jardim, para que se derramem os seus aromas.
(Ct 4.16.)
Algumas das especiarias mencionadas neste capítulo são
bastante sugestivas. O aloés era uma especiaria amarga, e fala-nos da
doçura das coisas amargas, o doce-amargo, que quem já provou, sabe
bem quanto agrada ao paladar. A mirra era usada para embalsamar os
mortos, e fala-nos de morrermos para alguma coisa. É a doçura que vem
ao coração depois que ele morreu para a vontade-própria, o orgulho e o
pecado.
Oh, o encanto inexprimível que paira em torno de alguns crentes,
simplesmente porque trazem no semblante açoitado pela disciplina e no
espírito dulcifícado, as marcas da cruz; a santa evidência de terem
morrido para o que uma vez foi orgulho e força, mas que agora está para
sempre aos pés do Senhor. É o encanto celeste de um espírito
quebrantado e um coração contrito, a música que brota de uma
tonalidade menor.
E ainda, o incenso, com a fragrância que procedia do toque de
fogo. Era aquele pó queimado que se erguia em nuvens de doçura do
seio das chamas. Fala-nos do coração cuja doçura tem-se desprendido
talvez através das chamas da aflição, até que o lugar santo da alma é
cheio das nuvens de oração e louvor. Amado leitor, estamos nós
derramando as especiarias, os perfumes, os aromas suaves do coração?
— The Love Life of our Lord

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Se alguém quer vir após mim

14 de Setembro

Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua

cruz e siga-me. (Mc 8.34.)

A cruz que o Senhor me manda tomar e carregar pode assumir

diferentes formas. Pode ser que eu tenha de me contentar com uma

esfera humilde e estreita, quando sinto capacidade para trabalho muito

mais elevado. Pode ser que eu tenha de cultivar durante muitos anos um

campo que não me parece trazer colheita alguma. Pode ser que Ele me

mande nutrir pensamentos amáveis sobre alguém que me prejudicou, e

pode ser que eu seja levado a falar-lhe brandamente, a tomar a sua

defesa contra alguém que se opõe a ele, a cercá-lo de simpatia e dar-lhe

minha ajuda.

Pode ser que eu tenha de confessar a meu Mestre no meio

daqueles que não querem ser relembrados da existência dEle, nem dos

Seus direitos sobre eles. Pode ser que eu seja chamado a andar entre os

homens com rosto radiante, quando meu coração está partido. Existem

muitas cruzes, e todas elas são dolorosas e pesadas. Nenhuma delas

será procurada por mim de iniciativa própria.

Mas Jesus nunca está tão perto de mim como quando tomo a

minha cruz e, submisso, coloco-a sobre os ombros, e a recebo com as

boas-vindas de um espírito paciente e conformado. Ele Se aproxima, para

fazer amadurecer a minha sabedoria, para aprofundar a minha paz, para

aumentar a minha coragem, para aumentar minha capacidade de ser útil

aos outros, e isto através da própria experiência que se faz tão pesada e

angustiante. E então — como estava escrito no sinete de um heróico

prisioneiro — Eu cresço sob a carga. — Alexander Smellie

"Aceite sua cruz como um bordão, não como um tropeço".

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Prepara-te para amanhã,

13 de Setembro
Prepara-te para amanhã, para que subas pela manhã ao monte...
e ali põe-te diante de mim no cume do monte." (Êx 34.2.)
A manhã é o tempo que eu estabeleci para estar a sós com o
Senhor. A própria palavra manhã é como um belo cacho de uvas. Vamos
esmagá-las e beber o vinho sagrado. De manhã! É a hora que Deus
preparou para eu estar no melhor do meu vigor e esperança. Não vou ter
que subir ao monte na hora em que estou cansado. Durante a noite eu
sepultei a fadiga de ontem, e de manhã tomo uma nova porção de
energia. Bendito é o dia cuja manhã é santificada! Bem sucedido é o dia
cuja primeira vitória é conquistada em oração! Santo é o dia cuja aurora
nos encontra no cume do monte!
Meu Pai, estou indo! Nada na planície rasteira me afastará das
santas alturas. Ao Teu comando eu vou, então Tu virás encontrar-Te
comigo. De manhã no monte! E estarei forte e alegre por todo o resto de
um dia tão bem iniciado. — Joseph Parker
Minha mãe possuía o hábito de, todos os dias imediatamente após
o café da manhã, recolher-se ao seu quarto e passar uma hora em leitura
da Bíblia, meditação e oração. Daquele período, como se fosse uma fonte
pura, ela tirava a força e a doçura que a capacitavam para todos os seus
afazeres e para permanecer sem agitação no meio das banalidades e
pequenos aborrecimentos que são tantas vezes motivo de perturbação
em lugares onde a vizinhança é muito próxima.
Quando eu penso em sua vida, e em tudo o que teve de suportar,
vejo o completo triunfo da graça cristã em seu precioso ideal de mulher
cristã. Nunca vi seu gênio alterado; nunca a ouvi proferir uma palavra de
ira, calúnia ou maledicência; nunca observei nela nenhum sinal de um só
sentimento que não ficasse bem numa alma que havia bebido do rio da
água da vida e que se havia nutrido do maná em pleno deserto. — Farrar
DÉ a Deus a flor do dia. Não O ponha de lado juntamente com as
folhas secas.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Quem é esta que sobe do deserto e vem encostada ao seu

12 de Setembro
Quem é esta que sobe do deserto e vem encostada ao seu
amado? (Ct 8.5.)
Alguém certa vez aprendeu uma lição valiosa, numa reunião de
oração. Um modesto irmão de cor pediu ao Senhor várias bênçãos —
como costumamos fazer — e agradeceu por muitas já recebidas — como
todos nós fazemos, mas terminou com uma petição estranha: "E, ó
Senhor, põe estacas em nós! Sim; põe estacas em todas as nossas
necessidades de encostar!'' Você tem necessidade de se encostar? A
oração daquele homem humilde as apresenta aos nossos olhos de uma
maneira nova, e também nos mostra o Grande Sustentador sob uma nova
luz. Ele está sempre andando ao lado do crente, pronto a estender Seu
braço poderoso e escorar o fraco "Em todos as nossas necessidades de
encostar".
Meu Jesus Se fez por mim Tudo, sim!
NEle encontro, pois, assim, Tudo para mim.
Santidade, amor, poder, — Cada instante em meu viver
Redenção e paz sem fim, Tudo Ele é pra mim!
Sobre a Cruz por mim sofreu Tudo, sim!
Resgatou-me e fez-me Seu. Tudo é para mim!
Só Jesus me satisfaz Tudo, sim!
Sempre limpo e são me faz, Tudo é para mim.
Ele é todo o meu prazer, — Tudo, sim!
Me segura e faz vencer! Tudo é para mim.
Glória, honra e amor Lhe dou!
Tudo, sim!
Seu eternamente sou!
Tudo é para mim! - Adaptado

sábado, 10 de setembro de 2011

O Senhor aperfeiçoará o que me concerne.

10 de Setembro
O Senhor aperfeiçoará o que me concerne. (Sl 138.8.)
Há no sofrimento um mistério divino, sim, um poder estranho e
sobrenatural, que nunca foi penetrado pela razão humana. Não há alma
que não tenha conhecido grande santidade, que também não tenha
passado por grande sofrimento. Quando a alma chega ao ponto calmo e
doce de não abrigar preocupações, quando ela pode ter no íntimo um
olhar suave para com a própria dor e nem sequer pede a Deus para livrála
do sofrimento, então o sofrimento já cumpriu seu bendito ministério;
então a paciência concluiu sua obra perfeita; então a crucificação começa
a transformar-se em coroa.
É neste estado de maturidade no sofrimento que o Espírito Santo
opera muitas coisas maravilhosas em nossa alma. Em tais condições,
todo o nosso ser está inteiramente quieto sob a mão de Deus: cada
faculdade da mente, da vontade e do coração está finalmente subjugada.
Uma quietude vinda da eternidade ocupa todo o ser; a língua se aquieta e
tem poucas palavras a dizer, ela pára de fazer perguntas a Deus, pára de
clamar: "Por que te esqueceste de mim?"
A imaginação pára de construir castelos na areia ou de voar para
rumos vãos, a razão fica mansa e dócil, as escolhas próprias são
deixadas, a alma não deseja outra coisa senão o propósito de Deus.
Nossa afeição se desliga de toda criatura e de todas as coisas; ela fica
tão entregue a Deus, que nada pode ferir nosso coração, nada pode
ofendê-lo, nada pode detê-la, nada pode atravessar-se em seu caminho;
pois sejam quais forem as circunstâncias, o ser está buscando só a Deus
e a Sua vontade. Ele sabe com certeza que Deus está fazendo com que
todas as coisas no universo, boas ou más, passadas ou presentes,
contribuam juntamente para o seu bem. Que felicidade é estarmos
inteiramente subjugados!
Perdermos a nossa própria força, e sabedoria, e planos e desejos,
e estarmos onde todos os átomos da nossa natureza são como o plácido
mar da Galiléia sob os onipotentes pés de Jesus. — Soul Food
A grandeza está em sofrer sem ficar desanimado. — Fenelon

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Não havia muita terra. (Mt 13.5.)

9 de Setembro
Não havia muita terra. (Mt 13.5.)
Parece-nos, pelo ensino desta parábola, que nós temos alguma
coisa a ver com o solo. A semente frutífera caiu num "coração reto e
bom". Creio que há pessoas sem profundidade que são como o solo sem
muita terra — aqueles que não têm um propósito real, que são movidos
por qualquer apelo comovente, ou por um bom sermão, uma melodia
sentimental, e que, a princípio, parece que vão produzir alguma coisa;
mas não há muita terra — não há profundidade, não há um propósito
honesto e profundo, não há um desejo real de conhecer o dever a fim de
cumpri-lo. Olhemos para o solo do nosso coração.
Quando um soldado romano era informado por seu dirigente de
que, se insistisse em seguir determinada expedição, provavelmente iria
morrer, a resposta era: "É necessário que eu vá; não é necessário que eu
viva."
Isto é profundidade. Quando estamos assim convictos, alguma
coisa resultará daí. A natureza superficial vive dos seus impulsos,
impressões, intuições, instintos e, também, do que a cerca. O caráter
profundo olha para além dessas coisas e, enfrentando tempestades e
nuvens, avança para a região ensolarada do outro lado; ele espera pelo
amanhã, que sempre traz o reverso da dor e da aparente derrota e
fracasso.
Quando Deus nos faz profundos, então pode dar-nos também
Suas verdades e segredos mais profundos e confiar-nos coisas maiores.
Senhor guia-me às profundezas da Tua vida e livra-me de uma
experiência superficial.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Na angústia me deste largueza. (Sl 4.1.)

8 de Setembro
Na angústia me deste largueza. (Sl 4.1.)
Este é um dos maiores testemunhos dados pelo homem quanto
ao governo moral de Deus. Não é uma palavra de ação de graças a Deus
por ter sido livre de sofrimento. É ação de graças por ter sido libertado
através do sofrimento, pois diz: "Na angústia me deste largueza." Ele
declara que as próprias tristezas foram a fonte de um alargamento na
vida.
E você já não descobriu mil vezes a verdade disto? Está escrito a
respeito de José na prisão, que o ferro entrou em sua própria alma. Todos
nós sentimos que o de que José necessitava para o bem de sua alma era
justamente o ferro. Ele tinha visto o brilho do ouro; tinha-se alegrado nos
sonhos dos dias jovens, e os sonhos endurecem o coração.
Quem derrama lágrimas sobre a narrativa de um romance não
estará muito apto a servir de auxílio na vida real; a verdadeira tristeza lhe
parecerá muito sem poesia. Precisamos do ferro para alargar a nossa
natureza. O ouro é apenas uma visão; o ferro é uma experiência. A
corrente que me liga à humanidade precisa ser de ferro. Aquele toque de
humanidade que nos irmana com o mundo não é a alegria, mas a tristeza.
O ouro é parcial, o ferro é universal.
Minha alma, se você quer ser alargada na sua compaixão e na
sua capacidade de sentir com os outros, precisa ser estreitada dentro de
limites de sofrimento humano. A prisão de José foi sua estrada para o
trono. Você não é capaz de carregar a carga de ferro de seu irmão. Se o
ferro ainda não entrou em seu coração. As coisas que a limitam na
verdade são as que a alargam.
As sombras da sua vida é que são o verdadeiro cumprimento dos
seus sonhos de glória. Não se queixe das sombras, minha alma, elas
contém revelações melhores do que as dos seus sonhos. Não diga que
as sombras da prisão a acorrentaram; os grilhões das horas sombrias na
verdade são asas — asas que a levam em vôo para dentro do seio da
humanidade. A porta da sua prisão dá para o coração do universo. Deus a
tem alargado, através dos grilhões da corrente do sofrimento. — George
Matheson
Se José não tivesse sido prisioneiro, nunca teria sido governador
do Egito. A cadeia de ferro em que prendeu seus pés foi a preparação
para a cadeia de ouro que foi colocada em volta do seu pescoço.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia. (Sl 46.1.)

7 de Setembro
Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na
angústia. (Sl 46.1.)
Muitas vezes surge a pergunta: "Por que Ele não me socorreu
antes?'' Porque esse não é o Seu modo de operar. Primeiro Ele precisa
nos ajustar à tribulação e ensinar-nos uma lição. A promessa é: "Estarei
com ele na angústia, livrá-lo-ei e o glorificarei". Primeiro Ele precisa estar
conosco no meio da tribulação, o dia todo e a noite toda. Então Ele nos
tirará dela. E isto só acontecerá depois que nós pararmos de ficar
agitados e agastados a respeito do assunto e ficarmos calmos e quietos.
Então Ele dirá: "Basta".
Deus usa a tribulação para ensinar preciosas lições a Seus filhos.
As tribulações visam a nos educar. E quando a sua boa obra está
completa, uma gloriosa recompensa nos vem através delas. Há nelas um
gozo suave e um valor real. Ele não as vê como dificuldades, mas como
oportunidades. — Selecionado
Certa vez ouvimos de um crente já idoso, um homem de cor muito
simples, uma coisa que nunca mais esquecemos: "Quando Deus prova a
gente, é uma boa hora para a gente também fazer prova de Deus. A
gente pega as promessas de Deus e faz prova delas: vai tirando daí tudo
o que é precioso para socorrer a gente naquela provação."
Há duas maneiras de se sair de uma tribulação. Uma é
simplesmente procurar ficar livre dela e respirar aliviado quando tudo
passou. Outra é aceitar a tribulação como um desafio de Deus, para
tomarmos posse de uma grande bênção, da maior bênção já
experimentada, e saudá-la com alegria como sendo uma oportunidade de
obtermos uma medida maior da graça de Deus. Assim, até mesmo o
adversário se torna um auxiliar, e as coisas que parecem ser contra nós
passam a servir para nosso progresso. Sem dúvida, isto é ser mais do
que vencedor por Aquele que nos amou. — A. B. Simpson

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Tu permaneces.

6 de Setembro
Tu permaneces. (Hb 1.11.)
Há sempre muitas lareiras solitárias — sim, e quantas! E os que
se assentam junto delas, ao lado da cadeira vazia, não podem conter as
lágrimas que lhes brotam. Há pessoas que estão sempre tão sozinhas.
Mas há um Ser invisível ali mesmo ao seu alcance. É que, por alguma
razão, não tomamos consciência da Sua presença.
Ter consciência desse fato é uma bênção, mas é raro. Pertence à
disposição, aos sentimentos. Depende das condições do tempo e das
condições físicas. A chuva, a neblina lá fora, a noite mal dormida, a dor
penetrante, estas coisas influem tanto em nossa disposição, que parecem
obscurecer completamente aquela percepção.
Mas há algo um pouco mais elevado do que ter consciência. É
ainda mais maravilhoso. É independente de todas essas condições
exteriores, e é algo que permanece. E é isto: o reconhecimento pela fé,
daquela Presença invisível, tão maravilhosa e tranqüilizadora, que
suaviza, acalma e aquece. Reconheça a presença dEle, do Mestre. Ele
está aqui, bem perto; Sua presença é real. Reconhecer este fato nos
ajudará a ter consciência dele também, mas o reconhecimento pela fé
não depende de se ter ou não consciência dele.
Pois a própria verdade é uma Presença, não uma coisa ou mera
afirmação. Alguém está presente: um Amigo que nos quer bem, um
Senhor todo-poderoso. E isto é uma confortante mensagem para os
corações que choram, qualquer que seja a razão das lágrimas. — S. D.
Gordon

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Bem-aventurados todos os que nele esperam

5 de Setembro
Bem-aventurados todos os que nele esperam. (Is 30.18.)
Ouve-se muito falar sobre esperar em Deus.
Contudo, há um outro lado nesta questão. Quando esperamos em
Deus, Ele está esperando que estejamos preparados; quando esperamos
por Deus, nós estamos esperando que Ele esteja pronto.
Muitos dizem, e muitos mais crêem, que no momento em que
preenchemos as condições necessárias à resposta de uma oração, Deus
a responde. Dizem estes que Deus vive num eterno agora; para, Ele não
há passado nem futuro, e se pudermos cumprir tudo o que Ele requer no
caminho da obediência à Sua vontade, as nossas necessidades serão
supridas imediatamente, os nossos desejos, cumpridos e respondidas as
nossas orações.
Há muita verdade nessa crença, contudo ela expressa apenas um
lado da verdade. Embora Deus viva num eterno agora, Ele opera os Seus
propósitos no tempo. Uma petição apresentada diante de Deus é como
uma semente lançada no solo. Forças que estão acima e além do nosso
controle trabalham sobre ela, até que é dada a plena frutificação da
resposta. — The Still Small Voice
"E a paciência estava disposta a esperar." — O Peregrino

sábado, 3 de setembro de 2011

Vendo que se fatigavam a remar...

3 de Setembro

Vendo que se fatigavam a remar... (Mc 6.28.)

Não é o esforço estrênuo que leva a termo a obra que Deus nos

dá para fazer. Só Deus mesmo, que sempre trabalha sem tensão e nunca

em excesso, pode fazer a obra que dá a Seus filhos. Quando eles

descansam confiados nEle para que a execute, então ela será bem feita e

completa. A maneira de deixá-lO fazer a Sua obra através de nós é

participarmos de Cristo tão plenamente, pela fé, que Jesus transborde da

nossa vida.

Um homem que aprendeu este segredo disse certa vez: "Eu vim a

Jesus e bebi, e creio que nunca mais terei sede. Tomei como meu lema:

'Não trabalhar em excesso, mas transbordar'; e isto já trouxe uma grande

mudança à minha vida."

Em transbordar não há esforço. Possui uma força irresistível, mas

tranqüila. É a vida normal a que Cristo nos convida hoje e sempre, em

que Ele mesmo é quem está sempre realizando tudo, com a Sua

onipotência. — The Sunday School Times

"Na calma da ressurreição está o poder da ressurreição!"

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Porque vos foi concedida a graça

2 de Setembro
Porque vos foi concedida a graça de padecerdes. (Fp 1.29.)
O preço da escola de Deus é muito elevado. Muitas de suas lições
são lidas através de lágrimas. Richard Baxter disse: "O Deus, eu Te
agradeço pela disciplina deste corpo, que já dura cinqüenta e oito anos."
E ele não foi o único que transformou a tribulação em triunfo.
Esta escola de nosso Pai celeste logo terminará para nós; nosso
período escolar está cada dia mais perto do fim. Não fujamos de diante
de alguma lição mais difícil, nem recuemos ante a vara da correção. Ao
nos diplomarmos na glória, a coroa será mais bela, e o Céu mais doce se
tivermos suportado tudo alegremente. — Theodore L. Cuyler
A mais fina porcelana do mundo é queimada pelo menos três
vezes, e algumas mais de três vezes. A de Dresden sempre é queimada
três vezes. E por que passa por esse calor intenso? Uma ou duas vezes
deveriam ser suficientes. Não, aquela porcelana precisa ser queimada
três vezes para que os adornos de ouro e carmesim fiquem mais belos e
se fixem nela permanentemente.
Em nossa vida somos trabalhados segundo o mesmo princípio.
Nossas provações ardem em nós uma, duas, três vezes. E pela graça de
Deus as cores mais belas são nela gravadas, e se fixam para sempre. —
Cortland Myers

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Assentarei as tuas pedras com argamassa colorida.

1° de Setembro
Assentarei as tuas pedras com argamassa colorida.( Is 54.11.)
As pedras da parede falaram assim: "Nós viemos de montanhas
distantes, dos flancos daqueles montes escarpados. Fogo e água deram
contra nós, durante séculos, mas só nos tornaram mais rijas. Mãos
humanas nos transformaram numa habitação, onde filhos da sua raça
imortal têm nascido, sofrido e se alegrado, e onde têm encontrado
descanso e abrigo e aprendido as lições ensinadas pelo nosso Criador e
seu. Mas passamos por muita coisa, a fim de sermos preparadas para
este lugar. A pólvora nos rasgou o coração e picaretas de operários nos
fenderam e quebraram, o que às vezes nos parecia sem propósito e sem
sentido, a nós que estávamos ali, informes, na pedreira. Mas aos poucos
fomos sendo cortadas em blocos, e algumas foram trabalhadas por
instrumentos especiais até terem quinas bem agudas. Agora, porém,
estamos completas; cada uma ocupa seu lugar, e somos úteis.
"Você ainda está na pedreira, informe, e por isso muita coisa
parece-lhe inexplicável como o era para nós tempos atrás. Mas você está
destinado a um edifício muito mais importante, e um dia será colocado
nele por mãos não humanas, e será uma pedra viva, num templo
celeste."