6 de Setembro
Tu permaneces. (Hb 1.11.)
Há sempre muitas lareiras solitárias — sim, e quantas! E os que
se assentam junto delas, ao lado da cadeira vazia, não podem conter as
lágrimas que lhes brotam. Há pessoas que estão sempre tão sozinhas.
Mas há um Ser invisível ali mesmo ao seu alcance. É que, por alguma
razão, não tomamos consciência da Sua presença.
Ter consciência desse fato é uma bênção, mas é raro. Pertence à
disposição, aos sentimentos. Depende das condições do tempo e das
condições físicas. A chuva, a neblina lá fora, a noite mal dormida, a dor
penetrante, estas coisas influem tanto em nossa disposição, que parecem
obscurecer completamente aquela percepção.
Mas há algo um pouco mais elevado do que ter consciência. É
ainda mais maravilhoso. É independente de todas essas condições
exteriores, e é algo que permanece. E é isto: o reconhecimento pela fé,
daquela Presença invisível, tão maravilhosa e tranqüilizadora, que
suaviza, acalma e aquece. Reconheça a presença dEle, do Mestre. Ele
está aqui, bem perto; Sua presença é real. Reconhecer este fato nos
ajudará a ter consciência dele também, mas o reconhecimento pela fé
não depende de se ter ou não consciência dele.
Pois a própria verdade é uma Presença, não uma coisa ou mera
afirmação. Alguém está presente: um Amigo que nos quer bem, um
Senhor todo-poderoso. E isto é uma confortante mensagem para os
corações que choram, qualquer que seja a razão das lágrimas. — S. D.
Gordon
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