quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Assopra no meu jardim

15 de Setembro
Assopra no meu jardim, para que se derramem os seus aromas.
(Ct 4.16.)
Algumas das especiarias mencionadas neste capítulo são
bastante sugestivas. O aloés era uma especiaria amarga, e fala-nos da
doçura das coisas amargas, o doce-amargo, que quem já provou, sabe
bem quanto agrada ao paladar. A mirra era usada para embalsamar os
mortos, e fala-nos de morrermos para alguma coisa. É a doçura que vem
ao coração depois que ele morreu para a vontade-própria, o orgulho e o
pecado.
Oh, o encanto inexprimível que paira em torno de alguns crentes,
simplesmente porque trazem no semblante açoitado pela disciplina e no
espírito dulcifícado, as marcas da cruz; a santa evidência de terem
morrido para o que uma vez foi orgulho e força, mas que agora está para
sempre aos pés do Senhor. É o encanto celeste de um espírito
quebrantado e um coração contrito, a música que brota de uma
tonalidade menor.
E ainda, o incenso, com a fragrância que procedia do toque de
fogo. Era aquele pó queimado que se erguia em nuvens de doçura do
seio das chamas. Fala-nos do coração cuja doçura tem-se desprendido
talvez através das chamas da aflição, até que o lugar santo da alma é
cheio das nuvens de oração e louvor. Amado leitor, estamos nós
derramando as especiarias, os perfumes, os aromas suaves do coração?
— The Love Life of our Lord

Nenhum comentário:

Postar um comentário