15 de Setembro
Assopra no meu jardim, para que se derramem os seus aromas.
(Ct 4.16.)
Algumas das especiarias mencionadas neste capítulo são
bastante sugestivas. O aloés era uma especiaria amarga, e fala-nos da
doçura das coisas amargas, o doce-amargo, que quem já provou, sabe
bem quanto agrada ao paladar. A mirra era usada para embalsamar os
mortos, e fala-nos de morrermos para alguma coisa. É a doçura que vem
ao coração depois que ele morreu para a vontade-própria, o orgulho e o
pecado.
Oh, o encanto inexprimível que paira em torno de alguns crentes,
simplesmente porque trazem no semblante açoitado pela disciplina e no
espírito dulcifícado, as marcas da cruz; a santa evidência de terem
morrido para o que uma vez foi orgulho e força, mas que agora está para
sempre aos pés do Senhor. É o encanto celeste de um espírito
quebrantado e um coração contrito, a música que brota de uma
tonalidade menor.
E ainda, o incenso, com a fragrância que procedia do toque de
fogo. Era aquele pó queimado que se erguia em nuvens de doçura do
seio das chamas. Fala-nos do coração cuja doçura tem-se desprendido
talvez através das chamas da aflição, até que o lugar santo da alma é
cheio das nuvens de oração e louvor. Amado leitor, estamos nós
derramando as especiarias, os perfumes, os aromas suaves do coração?
— The Love Life of our Lord
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