BALANÇO E VIDA – Diário da Borborema
Saio de João Pessoa, destino Campina Grande. Chove.
A pista molhada corre em baixo do carro.
O limpador balança, espantando a chuva.
Cento e vinte quilômetros marca o velocímetro.
A paisagem passa rápida pela janela.
E eu fico um pouco, pensando nela.
O meu relógio do tempo continua na sua marcha.
O meu corpo está ali atrás do volante.
Os meus olhos estão fixos na frente, na estrada.
O meu espírito, porém, sai pelo espaço, divagando.
Aproveitando o momento, fazendo um balanço da vida.
Até hoje, preocupado com a minha partida.
Menino pobre, quando os pobres não eram tão pobres.
A guerra da Itália onde o medo morrer,
Se alternava com as belas italianas que conheci.
O vestibular de medicina que passei. No Recife.
Não cursei. Era motorista de táxi, não tinha cacife.
O curso de direito. Promotor. Juiz.
As comarcas que passei e tudo que desfrutei.
Professor universitário, onde converso com jovens,
E trocamos idéias sobre as coisas da vida.
As dezenas de mulheres que conheci.
As que sofreram por mim e as por quem sofri.
As mulheres que amei, e as que apenas usei.
As que continuo conhecendo e que me dão satisfação.
Os esportes. Pilotar aviões. Soltar pára-quedistas.
Participar de regatas de hobie-cat 14.
O tênis, agora meu último refúgio.
E, mesmo com ele não posso fazer subterfúgio.
O tempo passa, Campina Grande aparece na minha frente.
A minha alma corre e entra lépida no meu corpo.
Estamos terminando mais uma viagem.
Então, eu e minha alma agindo como gente,
Fizemos com o tempo o acordo que se segue:
Eu não me preocupo com ele,
Também ele não me persegue.
Sou criação única e exclusiva de DEUS, e isso é privilégio. Amo a vida, minha família, meus netos . As vezes sou meio careta, conservadora a moda antiga, curto MSN,Orkut, twitter , as vezes sou tímida outras extrovertida. Me emociono, choro, mais sou uma rocha firmada em JESUS, suporto pedras no caminho pq com elas construo o alicerce para chegar ao topo. Em tudo na minha vida vejo DEUS , nas coisas boas e ruins , sei que Ele ta no controle. ESSA SOU EU FATIMA BEZERRA
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