CATAMARÃ DA ILUSÃO
O cenário. O mar na sua imensidão.
Atores. Eu, meu catamarã, minha solidão.
Velejando, usando as forças da natureza.
O mar, as ondas, tudo na sua grandeza.
Solitário, penso na vida, na sua beleza.
Nas coisas boas, com toda a sutileza.
Como é gostoso, amar, também ser amado.
Poder, riqueza, são coisas do passado.
As ondas se sucedem, me chamam para a vida.
E eu com saudade, pensando na minha querida.
A espuma branca das ondas transpiram ilusão.
Batem no barco. Bate mais o meu coração.
Então as proas se alevantam para o ar.
Parece até que meu barquinho vai voar.
A onda passa e as proas mergulham no mar.
É o catamarã bailando, no seu velejar.
A insegurança do mar parece a insegurança da vida.
É como se o meu catamarã tivesse a vela partida.
Penso na incerteza, qual será o futuro?
Entre presente e futuro, existe um forte muro.
Solto a escota. Meu barquinho anda mais depressa.
Não precisava disto. Eu não tenho pressa!
Agora, apenas um pontinho, meu catamarã da ilusão.
Some no horizonte, levando todo o meu coração.
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