ASSIM SÃO AS NUVENS – Diário da Borborema, em 12/07/95.
As nuvens são almas que deslizam no ar,
Que crescem e se esvaem, banhadas de luz.
São almas que voam e surgem do mar,
Deslizando no ar, ao futuro conduz.
E quando de noite, vem pálida a lua,
As sombras das nuvens escondem o par.
E o casal de amantes agarrados na rua,
Aproveita a penumbra, na ânsia de amar.
E o casal de amantes no ápice, suspiram,
São puros fervores às nuvens do mar.
Aos beijos gostosos, as nuvens deliram.
E morrendo de inveja, se põem a chorar.
As nuvens são almas sensíveis que choram,
Que sentem ciúmes dos beijos de amor,
Que sentem prazer, que também suspiram.
E do estímulo do amor, já sentem o calor.
É um sonho de esperança vagando no céu.
São puros fervores de água e de ar.
É a vida. O amor, andando ao léu,
Que vagam e voam, e voltam pro mar.
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