domingo, 10 de abril de 2011

SEGUNDA ETAPA DO ESCRITOR JOSE GOMES DOS SANTOS /JOSAN GOMES

NATAL TRISTE – Diário da Borborema, em 08/01/95.

O carro parou, ela desceu e m” apresentou.

Eu olhei para ele e ele olhou para mim.

Ele alegre e sorridente, um batalhador.

Nós não sabíamos. A vida dele, estava no fim.

Ele saiu para o trabalho, pensando em voltar.

Satisfeito da vida, confiando na sorte.

A estrada correndo em baixo do carro.

E a vida correndo ao encontro da morte.

Numa curva da estrada, o carro derrapou.

Vinha outro carro, e com ele se chocou.

Estrondo, barulho ensurdecedor.

E a morte hedionda, quatro vidas ceifou.

A filhinha espera. Papai não vai voltar.

Naquela casa é Natal, é tristeza, é dor.

O mundo caiu e tudo desabou.

Aquela menina, do pai, não vai mais Ter Amor.

A casa enfeitada para comemorar o Natal

Satisfação, alegria, tudo tiveram fim.

A dor, a tristeza, a morte enfim.

Por que tem que haver um Natal assim?

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