NATAL TRISTE – Diário da Borborema, em 08/01/95.
O carro parou, ela desceu e m” apresentou.
Eu olhei para ele e ele olhou para mim.
Ele alegre e sorridente, um batalhador.
Nós não sabíamos. A vida dele, estava no fim.
Ele saiu para o trabalho, pensando em voltar.
Satisfeito da vida, confiando na sorte.
A estrada correndo em baixo do carro.
E a vida correndo ao encontro da morte.
Numa curva da estrada, o carro derrapou.
Vinha outro carro, e com ele se chocou.
Estrondo, barulho ensurdecedor.
E a morte hedionda, quatro vidas ceifou.
A filhinha espera. Papai não vai voltar.
Naquela casa é Natal, é tristeza, é dor.
O mundo caiu e tudo desabou.
Aquela menina, do pai, não vai mais Ter Amor.
A casa enfeitada para comemorar o Natal
Satisfação, alegria, tudo tiveram fim.
A dor, a tristeza, a morte enfim.
Por que tem que haver um Natal assim?
Nenhum comentário:
Postar um comentário